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Testemunha diz que ouviu discussão na casa de Pistorius

Pessoa diz ter escutado uma acalorada discussão na casa do atleta sul-africano antes da morte de sua namorada

O corredor Oscar Pistorius durante audiência do julgamento do caso da morte de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp (REUTERS / Siphiwe Sibeko)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 13h04.

Pretória - Uma testemunha diz ter escutado uma acalorada discussão na casa do atleta sul-africano Oscar Pistorius antes do assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, do qual o corredor é acusado, disse nesta quarta-feira a promotoria.

Na audiência realizada no Tribunal da Magistratura de Pretória para decidir se será concedida a liberdade sob fiança ao atleta, o promotor, Gerrie Nel, apresentou argumentos contra a liberdade do atleta e revelou a existência da testemunha.

"Temos uma testemunha que diz que ouviu uma discussão contínua entre as 2h e as 3h da manhã do tiroteio", ocorrido na madrugada de quinta-feira passada, Dia de São Valentim (equivalente ao Dia dos Namorados no Brasil), e que acabou matando Reeva, afirmou Nel, citado pelo canal de notícias sul-africano "News 24".

Essa declaração contradiz a versão de Pistorius, de 26 anos, que ontem relatou que o casal jantou e foi dormir antes de um barulho despertar o corredor, que pensou que um invasor havia entrado no banheiro e deu vários tiros contra a porta sem reparar que sua namorada estava dentro.

Em declaração jurada lida por seu advogado, Barry Roux, o atleta negou a acusação de "assassinato premeditado" formulada pela promotoria.

Hoje, Nel apresentou como testemunha um policial, Hilton Botha, que chegou ao local do crime por volta das 4h15 locais.


"Encontrei a morta ao pé da escada. Já havia sido declarada morta (pelos médicos). Ela usava short branco e uma camiseta preta. Estava coberta com toalhas", relatou Botha.

O agente, com 16 anos de serviço na polícia, acrescentou que encontraram quatro telefones celulares, dois no quarto de Pistorius e dois no banheiro, mas que não foram utilizados "durante meses".

Esse dado também contradiz a versão apresentada ontem pelo atleta, quem garantiu que ligou para o serviço de emergência para que ajudassem a modelo, de 29 anos.

Além disso, a promotoria adiantou que poderia apresentar acusações por posse ilegal de munição contra Pistorius, pois a Polícia encontrou munição para uma pistola do calibre "38" e o corredor só tem permissão para uma pistola "9 mm", que ele admitiu ter por motivos de segurança na declaração jurada lida ontem.

Além disso, o fiscal Nel argumentou que se opõe à liberdade sob fiança porque Pistorius poderia fugir do país. "Existe o risco de que pegue um avião", disse.

Perguntado pelo juiz sobre quão grave é o crime, Nel respondeu: "É um crime muito grave. Uma mulher indefesa morreu a tiros".

A modelo apareceu morta na quinta-feira passada com quatro marcas de tiro na casa que Pistorius tem em Pretória.

O corpo de Reeva foi cremado ontem na cidade de Port Elizabeth, no sul da África do Sul, em cerimônia fechada na qual sua família se despediu da jovem.

*Matéria atualizada às 8h33

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Pretória - Uma testemunha diz ter escutado uma acalorada discussão na casa do atleta sul-africano Oscar Pistorius antes do assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, do qual o corredor é acusado, disse nesta quarta-feira a promotoria.

Na audiência realizada no Tribunal da Magistratura de Pretória para decidir se será concedida a liberdade sob fiança ao atleta, o promotor, Gerrie Nel, apresentou argumentos contra a liberdade do atleta e revelou a existência da testemunha.

"Temos uma testemunha que diz que ouviu uma discussão contínua entre as 2h e as 3h da manhã do tiroteio", ocorrido na madrugada de quinta-feira passada, Dia de São Valentim (equivalente ao Dia dos Namorados no Brasil), e que acabou matando Reeva, afirmou Nel, citado pelo canal de notícias sul-africano "News 24".

Essa declaração contradiz a versão de Pistorius, de 26 anos, que ontem relatou que o casal jantou e foi dormir antes de um barulho despertar o corredor, que pensou que um invasor havia entrado no banheiro e deu vários tiros contra a porta sem reparar que sua namorada estava dentro.

Em declaração jurada lida por seu advogado, Barry Roux, o atleta negou a acusação de "assassinato premeditado" formulada pela promotoria.

Hoje, Nel apresentou como testemunha um policial, Hilton Botha, que chegou ao local do crime por volta das 4h15 locais.


"Encontrei a morta ao pé da escada. Já havia sido declarada morta (pelos médicos). Ela usava short branco e uma camiseta preta. Estava coberta com toalhas", relatou Botha.

O agente, com 16 anos de serviço na polícia, acrescentou que encontraram quatro telefones celulares, dois no quarto de Pistorius e dois no banheiro, mas que não foram utilizados "durante meses".

Esse dado também contradiz a versão apresentada ontem pelo atleta, quem garantiu que ligou para o serviço de emergência para que ajudassem a modelo, de 29 anos.

Além disso, a promotoria adiantou que poderia apresentar acusações por posse ilegal de munição contra Pistorius, pois a Polícia encontrou munição para uma pistola do calibre "38" e o corredor só tem permissão para uma pistola "9 mm", que ele admitiu ter por motivos de segurança na declaração jurada lida ontem.

Além disso, o fiscal Nel argumentou que se opõe à liberdade sob fiança porque Pistorius poderia fugir do país. "Existe o risco de que pegue um avião", disse.

Perguntado pelo juiz sobre quão grave é o crime, Nel respondeu: "É um crime muito grave. Uma mulher indefesa morreu a tiros".

A modelo apareceu morta na quinta-feira passada com quatro marcas de tiro na casa que Pistorius tem em Pretória.

O corpo de Reeva foi cremado ontem na cidade de Port Elizabeth, no sul da África do Sul, em cerimônia fechada na qual sua família se despediu da jovem.

*Matéria atualizada às 8h33

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