Sugestão de ambiente proposto por Viva Decora (Viva Decora/Divulgação)
Daniel Salles
Publicado em 22 de novembro de 2020 às 06h00.
A arquitetura residencial engloba o planejamento de edificações como um todo, incluindo seus interiores e jardins. Pensar nas áreas abertas é importante, pois ajuda a valorizar a volumetria dos imóveis projetados - é como colocar uma bela moldura em um quadro. E, ao analisar diferentes modelos de plantas de casas, percebemos quanto potencial podem esconder estes espaços, entre recantos verdes e áreas funcionais. Descubra algumas lindas ideias para um melhor aproveitamento da sua área de jardim, incluindo a construção e decoração de piscinas.
O que fazer em recuos de jardim?
Primeiro vamos esclarecer o que são recuos de jardins. Pois bem, em algumas localidades, a legislação exige que a fachada das casas e edifícios fiquem entre 4 a 5 metros além da calçada. As razões disso podem ser diversas, como garantir mais áreas verdes nas cidades, corredores de ventilação, e distância maior entre volumes. Muita gente utiliza estas zonas do terreno como estacionamento de veículos, mas elas podem ser muito mais.
Os recuos de jardim podem ser zonas de importante drenagem de águas pluviais, levando o líquido até as camadas de lençol freático - ajudando, assim, a natureza. Se não for possível usar o espaço como canteiro de árvores e arbustos ou só como um gramado, pode-se usar intertravados vazados, próprios para jardins. E, sobre a área, talvez instalar uma linda pérgola com uma espécie de trepadeira, como uma bougainville.
É preciso destacar que as áreas de recuo não oferecem privacidade, ou seja, não são indicadas como locais para a instalação de zonas funcionais fora das edificações. Também há legislações que restringem o plantio de árvores ou a criação de hortas caseiras nestas parcelas dos lotes urbanos. E sua decoração pode-se limitar a revestimentos de pisos, luminárias de jardim e grades ou cercas de fechamento do terreno.
Como criar áreas funcionais no jardim de casa?
Com exceção dos recuos frontais, as laterais e os fundos de terrenos podem ser muito bem aproveitados como zonas funcionais. Quanto mais estas áreas puderem ser preenchidas com espécies vivas, melhor. Contudo, para contemplá-las e fazer as manutenções, é necessário criar um percurso de piso que leve as pessoas a diferentes cantos. E a partir dele, como ramificações de uma árvore, às áreas funcionais.
Para as laterais da edificação, fica bem colocar aqueles equipamentos que dão assistência à parte interna da casa, como as condensadoras de ar central e demais motores. E na parte de trás do prédio todos os equipamentos voltados à diversão. Entram nesta lista as áreas de contemplação, com bancos e fontes; quiosques com churrasqueira e mesa de jantar; trapiches com espreguiçadeiras; quadras de esportes; e as piscinas, é claro.
Neste caso, é preciso estudar muito bem a planta do terreno, pensando na posição, orientação, profundidade e altura de cada elemento. Grandes instalações, como as piscinas, podem ser as primeiras colocadas no desenho, orientando todo o resto da arquitetura paisagística. Inclusive os traços e tonalidades desta peça devem combinar com a linguagem da casa, destacados pelo tratamento de piso e iluminação de borda.
Dicas de decoração de piscina
Os modelos de piscinas mais em alta nos projetos de arquitetura são os de fibra. Outras tendências do momento são as piscinas feitas de contêineres reaproveitados – com uma piscina de fibra na parte interna. Mas nem sempre é possível levar peças como estas até a parte de trás do terreno. Neste caso, uma ideia melhor são as piscinas feitas a partir de um buraco na terra revestido com concreto, impermeabilizantes, argamassa e azulejos.
Todos os modelos de piscinas citados há pouco são para tratamento com cloro, podendo ter a parte interna posteriormente personalizada por uma lona adesiva imitando pastilha. Outro charme que se pode dar às piscinas tradicionais é o acompanhamento de esculturas de cascatas de água. Mas se a ideia é criar um cenário mais natural, opções bem charmosas são as piscinas com paisagismo de borda e tratamento natural, sem cloro. No caso das piscinas naturais, a decoração ao redor é esse tratamento paisagístico com plantas e cascalho de rio.
Já as piscinas tradicionais podem ter uma borda composta de placas térmicas de cerâmica, cimento, pedra ou porcelanato, mais faixas de gradil metálico e pedriscos, gramado ou deque de madeira tratada. Aliás, ao redor é interessante ter cadeiras e mesas sob gazebos ou ombrelones – aqueles grandes guarda-sóis.
Os muros de delimitação do terreno devem ser explorados como pano de fundo para as piscinas. Eles podem ser personalizados com grafites; cobertos com folhagens, painéis de madeira ou mosaico de pedra; ter em frente cachepôs com plantas; e serem marcados por arandelas ou balizadores de parede. Lindas essas piscina, dá até vontade de ter uma em casa… e por que não?
Essas dicas de decoração foram criadas pela equipe Viva Decora.