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"Snowden", de Oliver Stone, estreia no Festival de Toronto

O drama político é protagonizado por Joseph Gordon-Levitt, que dá vida a Snowden no filme


	Snowden: parte do filme foi rodado em Moscou, onde Snowden vive atualmente, o que permitiu a Stone incorporar o foragido em seu filme
 (Divulgação / Facebook)

Snowden: parte do filme foi rodado em Moscou, onde Snowden vive atualmente, o que permitiu a Stone incorporar o foragido em seu filme (Divulgação / Facebook)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2016 às 22h02.

Toronto - O cineasta americano Oliver Stone voltou à atualidade política e cinematográfica com a estreia mundial nesta sexta-feira no Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) de seu último filme, "Snowden".

Stone, ganhador do Oscar por "Platoon" (1986) e "Nascido em 4 de Julho" (1989), foca seu olhar desta vez em Edward Snowden, o analista da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos que revelou detalhes sobre as atividades de espionagem de Washington.

O drama político é protagonizado por Joseph Gordon-Levitt, que dá vida a Snowden no filme, mas, segundo apontaram veículos de comunicação russos, o analista, que está asilado na Rússia, também aparece no longa-metragem.

Parte do filme foi rodado em Moscou, onde Snowden vive atualmente, o que permitiu a Stone incorporar o foragido dos EUA em seu filme.

Stone revelou que se reuniu pelo menos dez vezes com Snowden em Moscou para desenvolver a produção, e que o ex-analista da NSA se mostrou inicialmente reticente à ideia do filme, apesar de representar seu lado da história.

Stone, que também contou com a participação de Shailene Woodley, Melissa Leo, Zachary Quinto e Tom Wilkinson no elenco, comparou Snowden com o protagonista de "Nascido em 4 de Julho".

Segundo o diretor, ambos se alistaram no exército, ambos são patriotas e os dois querem defender o interesse de sua nação, embora eles identifiquem esse interesse de forma distinta de como fazem os líderes políticos.

A outra grande estreia mundial de hoje é "A United Kingdom", da diretora Amma Asante ("A Way of Life", 2004, e "Belle", 2013), e no qual participam os atores David Oyelowo, Rick McCallum, Justin Moore-Lewy e Brunson Green, entre outros.

"A United Kingdom" coloca em primeiro plano os conflitos raciais, algo que nos dois primeiros dias do festival parece ter se transformado em uma das linhas temáticas da 41ª edição do TIFF.

"A United Kingdom" é um filme biográfico sobre Seretse Khama, o primeiro presidente de Botsuana, membro de uma das famílias reais africanas mais poderosas e que pouco depois da Segunda Guerra Mundial causou um escândalo ao casar-se com uma mulher britânica branca, Ruth Williams.

Não só a família de Khama se opõe ao casamento, mas também a então poderosa África do Sul, sob o regime racista que impôs o apartheid, e o próprio Reino Unido, que conspira para sabotar sua união.

A produção britânica e o filme que abriu o festival nesta quinta-feira, "Sete Homens e um Destino", ressaltam o interesse do TIFF em destacar a diversidade em um momento no qual Hollywood segue recuperando-se da controvérsia do ano passado sobre a falta de artistas negros entre os indicados.

Embora o diretor de "Sete Homens e um Destino", Antoine Fuqua, e um de seus protagonistas, Denzel Washington, tenham negado ontem que a nova versão desse clássico de 1960 tenha um forte conteúdo racial, a crítica especializada enxergou de forma distinta.

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