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Singapura usa música de Lady Gaga como exemplo de linguagem ofensiva

Artistas da música pop foram criticados depois que autoridades cancelaram um concerto de um grupo de black metal por conta de reclamações de grupos cristãos

Músicas como "God Is a Woman" de Ariana Grande, "Heresy" do grupo Nine Inch Nails e "Take Me To Church", do cantor Hozier também foram criticadas (Axelle/Bauer-Griffin/Getty Images)

Músicas como "God Is a Woman" de Ariana Grande, "Heresy" do grupo Nine Inch Nails e "Take Me To Church", do cantor Hozier também foram criticadas (Axelle/Bauer-Griffin/Getty Images)

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EFE

Publicado em 2 de abril de 2019 às 10h59.

Bangcoc — Letras de canções de Lady Gaga e Ariana Grande foram usadas como exemplo de linguagem ofensiva em uma declaração contra os discursos de ódio do ministro do Interior de Singapura, K. Shanmugam, publicada nesta terça-feira no Facebook.

As letras selecionadas fazem menções a Deus, à Igreja e ao Cristianismo, segundo uma cópia da declaração intitulada "restringido o discurso de ódio para manter a harmonia racial e religiosa", divulgada pelo deputado opositor, Chen Show Mao.

Os exemplos incluem o trecho "I'm just a Holy fool, Oh baby / it's sob cruel, but I'm still in love with Judas", da canção "Judas" de Lady Gaga.

Também foram selecionadas partes das canções "God Is a Woman" de Ariana Grande, "Heresy" do grupo Nine Inch Nails e "Take Me To Church", do cantor Hozier.

A declaração aconteceu na segunda-feira, quase um mês depois que as autoridades da cidade-estado cancelaram de última hora um concerto do grupo sueco de black metal Watain devido às queixas de grupos cristãos pelo conteúdo "ofensivo" de suas letras, revelou Shanmugam.

A intervenção do ministro coincidiu com a apresentação de um projeto de lei contra as notícias falsas, criticado por organizações de defesa dos direitos humanos que a veem como um instrumento de censura e uma ameaça à liberdade de expressão.

Singapura, um dos países mais prósperos do mundo, exerce um ferrenho controle sobre os veículos de imprensa e ocupa o posto 151 de 180 no índice de liberdade de imprensa de 2018 de Repórteres Sem Fronteiras.

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