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Silêncio da tenista Peng Shuai, após denúncia de assédio, preocupa WTA

Peng, uma das maiores estrelas esportivas da China, disse neste mês nas redes sociais que o ex-vice-premiê chinês Zhang Gaoli a coagiu a fazer sexo e que mais tarde eles tiveram um relacionamento consensual ocasional

Tenista chinesa Peng Shuai: paradeiro é desconhecido depois de denúncia de assédio. (Edgar Su/Reuters)
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Reuters

Publicado em 18 de novembro de 2021 às 11h41.

Última atualização em 18 de novembro de 2021 às 11h57.

O chefe da Associação de Tênis Feminino (WTA) expressou na quarta-feira sua dúvida a respeito de um email que recebeu, e também divulgado por um veículo da mídia estatal chinesa, no qual a tenista Peng Shuai teria negado alegações de que sofreu agressão sexual.

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Peng, uma das maiores estrelas esportivas da China, disse neste mês nas redes sociais que o ex-vice-premiê chinês Zhang Gaoli a coagiu a fazer sexo e que mais tarde eles tiveram um relacionamento consensual ocasional.

Sua postagem foi apagada cerca de meia hora depois, e desde então ela não foi vista em público ou emitiu um comunicado, alarmando a comunidade global do tênis.

Ainda na quarta-feira, o veículo da mídia estatal chinesa CGTN divulgou no Twitter o que disse ser um email que Peng enviou ao presidente da WTA, Steve Simon, que também é seu presidente-executivo, no qual disse que a alegação de agressão não é verdadeira. O Twitter está bloqueado na China.

"O comunicado divulgado pela mídia estatal chinesa a respeito de Peng Shuai só aumenta minhas preocupações a respeito de sua segurança e seu paradeiro", disse Simon em um comunicado por escrito.

"Tenho dificuldade de acreditar que Peng Shuai realmente escreveu o email que recebemos ou que acredita no que está sendo atribuído a ela."

A China ainda não comentou a alegação inicial da tenista, e o debate do tópico está bloqueado na internet chinesa altamente censurada.

O comunicado chega no momento em que o país se prepara para sediar a Olimpíada de Inverno de Pequim em fevereiro em meio a pedidos de boicote de grupos de direitos humanos em reação ao histórico de direitos humanos da China.

"Minha resposta é muito simples. Esta não é uma questão de política externa, e não estou ciente da situação que você mencionou", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, nesta quinta-feira ao ser indagado sobre o paradeiro de Peng e se a China receia que o caso afete sua imagem antes da Olimpíada.

A Associação Chinesa de Tênis não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

O email que o CGTN atribui a Peng diz: "Não estou desaparecida, nem estou em risco. Só tenho descansado em casa e tudo está bem".

Além do CGTN, a filial em língua inglesa da emissora estatal CCTV, nenhum outro veículo da mídia chinesa havia noticiado a carta até a manhã desta quinta-feira pelo horário asiático.

Um representante de Peng não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

Sediada no Estado norte-americano da Flórida, a WTA já havia pedido à China para investigar as alegações de Peng.

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