Semifinais da Copa terão campanha contra o racismo
A ação faz parte das comemorações aos Dias contra o Racismo, instituídos em 2002 e, desde então, celebrados com campanhas todo ano, em jogos oficiais da Fifa
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2013 às 15h40.
Rio de Janeiro - A Federação Internacional de Futebol (Fifa) aproveitará as duas semifinais da Copa das Confederações do Brasil, que ocorrem amanhã (26) e quinta-feira (27), para levar aos torcedores mensagens contra o racismo. A ação faz parte das comemorações aos Dias contra o Racismo, instituídos pela federação em 2002 e, desde então, celebrados com campanhas todo ano, em jogos oficiais da Fifa.
Alem de mostrar um vídeo aos torcedores, que propaga a ideia de unidade, igualdade e respeito, os capitães das equipes do Brasil, da Espanha, do Uruguai e da Itália lerão mensagens antes do inicio das partidas em Belo Horizonte (amanhã) e Fortaleza (quinta-feira).
O ex-jogador da seleção de Gana e da Liga Alemã de Futebol Anthony Baffoe disse a modalidade é um importante instrumento de combate ao preconceito de todos os tipos. Segundo ele, houve avanços no combate ao racismo, mas ainda há um longo caminho a percorrer.
Hoje oficial da Fifa, que atua na Copa das Confederações como coordenador do Estádio Jornalista Mario Filho, o Maracanã, Baffoe já foi algumas vezes vítima do preconceito racial, quando era jogador de futebol.
"Uma vez durante um jogo, havia outro jogador negro no outro time e a torcida do meu time começou a fazer barulhos de macaco toda vez que ele tocava na bola. Então chutei a bola para a lateral e fui falar com o técnico para que ele pedisse à torcida que parasse com aquilo, porque também estava me atingindo, um jogador do próprio time deles. Isso machuca", disse.
Em outra ocasião, ele se viu vítima de comentários racistas de um colega do próprio time no vestiário. "Eu lhe dei um tapa. O técnico e o presidente do time vieram me falar que eu não deveria ter feito aquilo, mas eu lhes disse que faria de novo, porque ninguém deve falar sobre a minha aparência, minha cor ou minha família. É claro que não deveria ter recorrido à violência", lembrou.
Baffoe disse que os jogadores vítimas de preconceito não devem lutar sozinhos contra o racismo, mas devem ter o apoio de todo o time, mesmo daqueles jogadores que não sofrem com isso.
Segundo ele, a Rússia, país-sede da Copa do Mundo de 2018, é um dos lugares mais problemáticos hoje em dia. Segundo ele, vários casos de racismo foram registrados contra jogadores. Mas o ex-jogador acredita que a Copa do Mundo será uma excelente oportunidade para que os russos aprendam a respeitar as diferenças raciais.
A Fifa condena o racismo e prevê sanções por meio de vários documentos como os códigos de Ética, Conduta e Disciplinar, além do seu próprio estatuto. Em casos de racismo, o oficial da partida faz um relatório, que é analisado por uma comissão disciplinar e pode resultar em punições como a suspensão por alguns jogos.
Rio de Janeiro - A Federação Internacional de Futebol (Fifa) aproveitará as duas semifinais da Copa das Confederações do Brasil, que ocorrem amanhã (26) e quinta-feira (27), para levar aos torcedores mensagens contra o racismo. A ação faz parte das comemorações aos Dias contra o Racismo, instituídos pela federação em 2002 e, desde então, celebrados com campanhas todo ano, em jogos oficiais da Fifa.
Alem de mostrar um vídeo aos torcedores, que propaga a ideia de unidade, igualdade e respeito, os capitães das equipes do Brasil, da Espanha, do Uruguai e da Itália lerão mensagens antes do inicio das partidas em Belo Horizonte (amanhã) e Fortaleza (quinta-feira).
O ex-jogador da seleção de Gana e da Liga Alemã de Futebol Anthony Baffoe disse a modalidade é um importante instrumento de combate ao preconceito de todos os tipos. Segundo ele, houve avanços no combate ao racismo, mas ainda há um longo caminho a percorrer.
Hoje oficial da Fifa, que atua na Copa das Confederações como coordenador do Estádio Jornalista Mario Filho, o Maracanã, Baffoe já foi algumas vezes vítima do preconceito racial, quando era jogador de futebol.
"Uma vez durante um jogo, havia outro jogador negro no outro time e a torcida do meu time começou a fazer barulhos de macaco toda vez que ele tocava na bola. Então chutei a bola para a lateral e fui falar com o técnico para que ele pedisse à torcida que parasse com aquilo, porque também estava me atingindo, um jogador do próprio time deles. Isso machuca", disse.
Em outra ocasião, ele se viu vítima de comentários racistas de um colega do próprio time no vestiário. "Eu lhe dei um tapa. O técnico e o presidente do time vieram me falar que eu não deveria ter feito aquilo, mas eu lhes disse que faria de novo, porque ninguém deve falar sobre a minha aparência, minha cor ou minha família. É claro que não deveria ter recorrido à violência", lembrou.
Baffoe disse que os jogadores vítimas de preconceito não devem lutar sozinhos contra o racismo, mas devem ter o apoio de todo o time, mesmo daqueles jogadores que não sofrem com isso.
Segundo ele, a Rússia, país-sede da Copa do Mundo de 2018, é um dos lugares mais problemáticos hoje em dia. Segundo ele, vários casos de racismo foram registrados contra jogadores. Mas o ex-jogador acredita que a Copa do Mundo será uma excelente oportunidade para que os russos aprendam a respeitar as diferenças raciais.
A Fifa condena o racismo e prevê sanções por meio de vários documentos como os códigos de Ética, Conduta e Disciplinar, além do seu próprio estatuto. Em casos de racismo, o oficial da partida faz um relatório, que é analisado por uma comissão disciplinar e pode resultar em punições como a suspensão por alguns jogos.