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Sedentarismo mata mais do que obesidade, alerta especialista

Segundo o médico Victor Matsudo, uma pessoa sedentária tem riscos maiores de desenvolver doenças em relação a quem não se alimenta de forma adequada


	Corrida: há maior risco de morte para magros sedentários do que para gordos ativos, diz médico
 (Getty Images/Justin Sullivan)

Corrida: há maior risco de morte para magros sedentários do que para gordos ativos, diz médico (Getty Images/Justin Sullivan)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 20h05.

São Paulo - O sedentarismo é a segunda maior causa de morte no planeta, perdendo apenas para a hipertensão, diz o médico Victor Matsudo, do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs).

"Muitos estudos mostram que atividade física é tão importante quanto a alimentação para perda de peso e redução dos riscos de inúmeras doenças", destacou.

Segundo Matsudo, uma pessoa sedentária tem riscos maiores de desenvolver doenças em relação a quem não se alimenta de forma adequada, por isso ele tenta desmistificar a percepção de que obesidade é um problema relacionado apenas à nutrição.

"O colesterol alto, o excesso de peso, a obesidade, o diabetes são problemas causados pela má alimentação, porém o impacto do sedentarismo para o desenvolvimento dessas doenças é ainda pior", defende.

O especialista afirma que o crescimento da obesidade é totalmente proporcional ao aumento do comportamento sedentário.

"Uma pesquisa de 1995 (Prentice and Jebb. Obesity in Britain: gluttony or sloth? British Med J) mostra que o crescimento da obesidade pode ser creditado menos aos níveis de ingestão de calorias totais, principalmente aos índices de gordura, e mais ao aumento do número de carros na garagem ou do tempo que passamos sentados assistindo TV", alertou.

De acordo com o médico, são maiores os riscos de morte para magros sedentários do que para gordos ativos.

"Em termos de saúde pública, o sedentarismo é um problema ainda maior do que o excesso de peso, não adianta controlar a ingestão de alimentos se não estimular o aumento desse gasto calórico", reflete.

Em outra pesquisa de 2012 (Lee DC et al. J.Am.Coll.Cardiology) foi observado que ganhar peso aumenta em 58% o risco de uma pessoa desenvolver síndrome metabólica, enquanto a perda de condicionamento físico faz esse risco crescer em 200%.

"Para que uma dieta traga mais benefícios à saúde é imprescindível reforçar a prática de atividade física", afirmou Matsudo.

Para ele, a atividade física mais benéfica à saúde é aquela que a pessoa gosta e sente prazer em realizar, sendo importante inserir movimento no dia a dia.

"Atividade física não precisa ser chata, pelo contrário, deve ser algo prazeroso, não é por acaso que as mulheres têm maior expectativa de vida ao contrário dos maridos, pois são elas que cuidam das tarefas de casa que demandam esforço físico".

Mas quem não é dona de casa também pode ter uma vida mais ativa com pequenas mudanças dentro da própria rotina.

"Quem trabalha em prédio pode subir um ou dois andares pela escada, assim como usá-la em vez da escada rolante. Quem utiliza transporte público, pode descer um ponto antes e ir andando", sugere.

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