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Roberto Carlos chama de mentira cena de filme sobre Tim Maia

O cantor e compositor disse que nunca brigou com Tim Maia


	Roberto Carlos: "acho uma falta de ética de quem colocou isso no filme", continuou o cantor
 (Divulgação)

Roberto Carlos: "acho uma falta de ética de quem colocou isso no filme", continuou o cantor (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 08h32.

Rio de Janeiro - O cantor e compositor Roberto Carlos afirmou na tarde de quinta-feira, 5, que nunca brigou com o cantor Tim Maia e classificou como "mentira" a versão narrada pelo filme Tim Maia, de Mauro Lima, sobre a vida do colega de adolescência no Rio.

"Quando formamos o conjunto, todos nós sabíamos que a intenção minha, do Erasmo e do Tim era seguirmos carreira solo", afirmou.

Por isso, acrescentou Roberto, não houve briga quando decidiu deixar o grupo. Na cena do filme, Tim lança sanduíches em Roberto ao ver o colega negociando participação solo em programa de TV.

"Não existiu jogar pedaço de pão, é mentira. Quando Tim voltou dos EUA, me procurou e ele foi escalado para cantar na Jovem Guarda (programa de TV comandado por Roberto na década de 60). Cantou Georgia on My Mind (clássico americano), fez sucesso e voltou outras vezes. Não sou de ficar contando, mas pedi para a (gravadora) CBS gravar um disco dele. Ele gravou, não fez tanto sucesso quanto esperava, e Tim acabou mudando de gravadora", disse Roberto, em entrevista coletiva concedida durante temporada do Projeto Emoções em Alto-Mar, em Armação dos Búzios, cidade na Região dos Lagos fluminense.

"Acho uma falta de ética de quem colocou isso no filme", continuou o cantor, referindo-se à briga com Tim. "Nós tínhamos turmas diferentes, mas não brigamos. Ele foi escalado para meu especial (de fim de ano) na TV Globo, inclusive", acrescentou.

O escritor Paulo César Araújo, autor de Roberto Carlos em Detalhes, biografia do cantor e compositor que, a pedido de Roberto, teve a comercialização proibida pela Justiça, foi impedido de se credenciar, como jornalista, para a entrevista coletiva anual.

Questionado sobre o veto à presença do escritor, com quem manteve uma disputa judicial, o cantor afirmou que foi sua assessoria que resolveu vetar a presença de Araújo.

"Fiquei sabendo disso depois. Foi um cuidado tomado pela minha assessoria, e eu concordo plenamente. Aqui é minha casa, e ele é persona non grata."

Roberto contou que está gravando depoimentos para sua autobiografia.

"Ainda não tenho alguém para escrever, mas logo, logo vou ter, porque pretendo lançar logo esse livro. E devem ser dois volumes, porque é muita informação, não caberia em um livro só. Vou contar tudo, e ninguém sabe da minha vida melhor do que eu", concluiu.

O cantor afirmou ainda que, em 2016, deverá fazer um grande show como o que fez em Jerusalém, que virou disco e DVD. Desta vez, o palco deverá ser a Itália. Roberto comentou também sobre os pedidos de reconhecimento de paternidade que já recebeu.

"Foram oito, alguns de gente que eu nunca conheci. Eu faço, quando a pessoa pede já estendo o braço. Mas até agora só um deu positivo, só o Rafael, que eu imediatamente reconheci."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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