Rainha do Soul, Aretha Franklin morre aos 76 anos
A cantora americana foi diagnosticada com câncer em 2010. Na semana passada, um amigo da família confirmou que ela estava gravemente doente
EFE
Publicado em 16 de agosto de 2018 às 11h10.
Última atualização em 16 de agosto de 2018 às 14h21.
Aretha Franklin, a lendária cantora conhecida como a "Rainha do Soul", morreu nesta quinta-feira em Detroit, aos 76 anos, em função de um câncer de pâncreas.
Franklin - que influenciou gerações de cantoras com sucessos inesquecíveis como "Respect" (1967), "Natural Woman" (1968) e "I Say a Little Prayer" (1968), faleceu às 09h50 em sua casa em Detroit em função de um câncer de pâncreas, cercada por parentes e amigos.
"É com profunda tristeza que anunciamos a morte de Aretha Louise Franklin, a Rainha do Soul", afirmou sua família em um comunicado divulgado por sua agente, Gwendolyn Quinn.
"Em um dos momentos mais sombrios de nossas vidas, não somos capazes de encontrar as palavras apropriadas para expressar a dor em nosso coração", acrescenta o texto.
"Perdemos a matriarca e a alicerce de nossa família. O amor que ela nutria por seus filhos, netos, sobrinhas, sobrinhos e primos não conhecia limites", afirma ainda.
A diva, que durante mais de meio século influenciou várias gerações de cantoras e chegou a ganhar 18 Grammys, durante as últimas semanas recebeu cuidados paliativos em função de sua doença terminal.
Nacida em Memphis, Tennessee, em 25 de março de 1942, filha de um pregador batista, Aretha Louise Franklin cresceu cantando gospel na igreja de New Bethel, liderada por seu pai, em Detroit.
Gravou pela primeira vez aos 14 anos e, ao ser contrtada pela Atlantic Records em 1966, começou a fazer sucesso.
A canção "Respect", que lhe valeu o título de "Rainha do Soul", foi uma das mais ouvidas em 1967, e liderou as paradas de sucesso por semanas. Acabou adotada como hino dos movimentos pelos direitos civis e igualdade das mulheres.
Ela cantou em vários estilos, do soul ao "rythm and blues", do gospel ao pop e jazz.
Foi a primeira mulher a entrar para o Hall da Fama do Rock and Roll e cantou nas cerimônia de posse de presidentes, principalmente Barack Obama, o primeiro chefe de Estado negro do país.
Tesouro nacional
O presidente americano, Donald Trump, não demorou a homenagar o ícone da música americana em sua conta no Twitter como "uma grande mulher, com um maravilhoso dom de Deus: a sua voz".
"Sentiremos sua falta!", acrescentou ainda.
O ex-presidente Barack Obama, por sua vez, prestou um tributo à cantora, elogiando sua "musicalidade inigualável".
"Toda vez que ela cantava, todos nós éramos agraciados com um vislumbre do divino", afirmou em um comunicado (...) Ela nos ajudou a nos sentirmos mais conectados uns com os outros, mais esperançosos e mais humanos", afirmou.
"Hillary e eu estamos de luto pela morte de nossa amiga Aretha Franklin, um dos maiores tesouros nacionais dos Estados Unidos", afirmou o também ex-presidente Bill Clinton em um comunicado.
"Durante mais de 50 anos, agitou nossas almas. Era elegante, graciosa, e completamente intransigente em sua arte. A primeira escola musical de Aretha foi a igreja e suas atuações foram potencializadas pelo que aprendeu lá", acrescentou.
Cantores e músicos inundaram as redes sociais com mensagens em sua homenagem.
"Estou sentada rezando pela maravilhosa alma de ouro de Aretha Franklin", tuitou a cantora Diana Ross.
"Vamos guardar um momento para agradTomemos un momento para agradecer a bela vida de Aretha Franklin, a rainha de nossas almas, que inspirou a todos nós durante muitos, muitos anos", escreveu no Twitter o ex-Beatle Paul McCartney, que postou uma foto da artista em sua juventude.
"Sentiremos saudades, mas a memória de sua grandeza como artista e grande ser humano viverão conosco para sempre. Com amor, Paul".