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Quatro dicas de exposições para o fim de semana

Confira as dicas de EXAME VIP para os momentos de folga no fim de semana

Sobre como as coisas caem, de Daisy Xavier (Daisy Xavier/Divulgação)

Sobre como as coisas caem, de Daisy Xavier (Daisy Xavier/Divulgação)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 13 de dezembro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 13 de dezembro de 2019 às 07h00.

Brasil nativo/Brasil alienígena, de Anna Bella Geiger

Organizada pelo MASP em parceria com o Sesc São Paulo, a mostra tem o mesmo título de um dos trabalhos mais conhecidos da artista. Desenvolvida no final dos anos 70, a obra se apropria de cartões-postais que representam de forma idealizada o dia a dia de uma tribo indígena do Mato Grosso.

Para cada postal Geiger elaborou releituras a partir de retratos de si mesma e de sua família, no conforto de sua varanda.

A exposição reúne 190 obras, em diferentes formatos, suportes e linguagens, que confirmam o experimentalismo da obra de Geiger, uma das primeiras a se engajar com a arte abstrata no Brasil.

Três instalações emblemáticas da artista foram remontadas no Sesc Avenida Paulista e o restante da mostra pode ser conferido no Masp.

Onde: Masp, Avenida Paulista, 1578, Bela Vista, São Paulo, (11) 3149-5959, e Sesc Avenida Paulista, Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo, (11) 3170-0800. Até 1 de março.

Brasil nativo/Brasil alienígena, de Anna Bella Geiger

Brasil nativo/Brasil alienígena, de Anna Bella Geiger (Anna Bella Geiger/Divulgação)

Sobre como as coisas caem, de Daisy Xavier

Formada em psicologia e psicanálise, a artista Daisy Xavier usou pó de ferrugem, folha e fios de latão, ácido e petróleo para elaborar as grandes pinturas em cartaz na galeria Anita Schwartz.

A mostra também reúne desenhos, monotipias e 100 esculturas em metal, articuladas, que formam uma instalação, batizada com o mesmo nome da exposição.

O título foi extraído de uma passagem do livro “Sete lições de física”, do físico italiano Carlo Rovelli, que aborda a questão da queda com a ajuda da teoria da relatividade de Einstein e da física quântica.

“Me interessa muito também a queda no mundo contemporâneo, dos valores, dos sentidos, dos parâmetros que estão se perdendo, como se o futuro tivesse um vetor de as coisas irem se dissolvendo. Vamos precisar pensar com novos parâmetros, porque os já estabelecidos, de espaço e tempo, estão se dissolvendo”, explica a artista.

Onde: galeria Anita Schwartz, Rua José Roberto Macedo Soares, 30, Gávea, Rio de Janeiro.

Sobre como as coisas caem, de Daisy Xavier

Sobre como as coisas caem, de Daisy Xavier (Daisy Xavier/Divulgação)

Carne Sintética, de Erika Verzutti

É a primeira mostra da artista no Brasil inteiramente composta pelos relevos a que ela se dedica desde 2013. Também chamados de “esculturas de parede”, questionam os limites entre pintura e escultura, forma e sensorialidade.

A exposição reúne quinze obras inéditas feitas de bronze, papel machê e argila.

Em “Picasso com Morangos”, por exemplo, Verzutti incrusta a figura do artista espanhol na superfície da obra, que lembra um bolo de chocolate com pequenos morangos esculpidos em bronze.

“Os relevos incitam olhares táteis, mais que curiosos, engajados em perceber aquilo que o contato físico atestaria, à medida que exploram e inspecionam, em movimentos oculares, um volume de cima abaixo, de um canto a outro, no vaivém de ondulações e desníveis e, em algumas ocasiões, entre matérias distintas”, escreveu o crítico José Augusto Ribeiro sobre a obra da artista.

Onde: Fortes D'Aloia & Gabriel, Rua Fradique Coutinho, 1500, Vila Madalena, São Paulo, (11) 3032-7066. Até 20 de dezembro.

Carne Sintética, de Erika Verzutti

Carne Sintética, de Erika Verzutti (Erika Verzutti/Divulgação)

Pardo é papel, de Maxwell Alexandre

Morador da Rocinha, o jovem pintor carioca Maxwell Alexandre elabora uma reflexão sobre uma cor, algo recorrente na história da arte. Mas é claro que ao optar pelo pardo o artista, que usa as iniciais como assinatura, imprime um tom político em sua obra.

Ao pintar corpos negros sobre papel pardo, ele ao mesmo tempo assume e reverte estigmas. “A cor da pele negra, confundida com a cor do papel, retorna como condição de resistência, como reação: ‘pardo é papel’”, diz o texto de apresentação da mostra, em cartaz no Museu de Arte do Rio.

Onde: Museu de Arte do Rio, Praça Mauá, Centro, Rio de Janeiro, (21) 3031-2741.

Pardo é papel de Maxwell Alexandre

Pardo é papel de Maxwell Alexandre (Maxwell Alexandre/Divulgação)

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