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Protesto de júri em Cannes pede por mais mulheres no cinema

Para a diretora Maren Ade, a predominância masculina no cinema é tão visível que às vezes ela tem a sensação de que ali não é lugar para mulheres

Maren Ade (Eric Gaillard/Reuters)

Maren Ade (Eric Gaillard/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de maio de 2017 às 07h29.

Cannes - As integrantes do júri da 70ª edição do Festival de Cannes lançaram neste domingo um claro apelo a favor da maior presença feminina na indústria cinematográfica.

"Nós estamos perdendo muitas histórias", lamentou a diretora, roteirista e produtora alemã Maren Ade, que disse que predominância masculina é tão visível que às vezes ela tem a sensação de que o cinema não é lugar para mulheres.

A atriz americana Jessica Chastain apoiou o movimento e defendeu que um maior número de filmes assinados por mulheres teria personagens femininos mais autênticos.

A competição oficial desta edição, segundo revelou, fez com que ela percebesse que a maneira com que as mulheres são retratadas na telona "é bastante perturbadora, salvo algumas exceções".

"Espero que com mais cineastas haja mais mulheres que conheço mais proativas, que não reagem apenas aos homens ao redor delas, mas que têm o seu próprio ponto de vista", apontou.

Já a atriz, diretora e cantora francesa Agnès Jaoui, também integrante do júri presidido este ano pelo diretor Pedro Almodóvar, fez nesta semana uma reivindicação bem-humorada no tapete vermelho, ao colocar parte do próprio cabelo em cima da boca, fingindo ser um bigode.

A representação feminina na premiação deste ano contou com Sofia Coppola, que venceu na categoria de melhor direção por "The Beguiled".

"Fez um magnífico trabalho", resumiu a atriz chinesa Fan Bingbing, que fez parte das deliberações.

A escocesa Lynne Ramsay, diretora de "You Were Never Really Here", venceu na categoria de melhor roteiro, junto com o grego Yorgos Lanthimos. Já a alemã Diane Kruger foi considerada a melhor atriz por "In the fade", e Nicole Kidman levou o Prêmio Especial desta edição.

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