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Palmeiras vai ao Mundial com camisa reformulada; veja o novo uniforme

Fifa tem determinações específicas para os uniformes do Mundial de Clubes, e Palmeiras teve de fazer modificações que removeram patrocinadores e o patch da Libertadores

O Palmeiras já está em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, desde a quinta, 3 (ANDRE PENNER/Getty Images)
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André Lopes

Publicado em 8 de fevereiro de 2022 às 12h14.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2022 às 13h37.

Nesta terça-feira, 8, o Palmeiras estreia no Mundial de Clubes, realizado no Emirados Árabes Unidos. Para a partida contra o Ah-Ahly, o uniforme alviverde terá algumas mudanças. Em uma versão mais ‘’limpa’’, o clube paulista exibiu apenas o logo do patrocinador máster no modelo oficial, isso porque, para jogar o torneio, as agremiações se adaptam a uma série de exigências da Fifa, uma vez que a entidade só permite um local para exposição da logomarca (no peitoral, abaixo do escudo).

Veja como ficou o uniforme:

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Em algumas ligas do futebol mundial, os organizadores também impõem recomendações na montagem dos uniformes de jogo. Na Premier League, por exemplo, apenas em 2016 os clubes foram autorizados a estampar propagandas na manga esquerda da vestimenta oficial. No futebol brasileiro, esse padrão não existe. Na Série A, por exemplo, o Fortaleza é o clube com o maior número de patrocínios, com 26 parceiros.

“O Fortaleza trabalha com uma equipe especializada para a captação de parceiros para o clube. O objetivo da instituição é vender ativos, não somente nos uniformes mas também as cotas digitais, ativações de produtos e placas de publicidade. Os resultados esportivos também fazem parte do processo, as marcas querem se conectar com instituições vencedoras”, afirma Marcelo Paz, mandatário do Leão.

Em 2019, o Flamengo passou por situação semelhante. Patrocinadora do clube naquela temporada, a Multimarcas, empresa especializada em consórcios, ocupava a barra traseira da camisa. Com as adaptações, a empresa ficou sem espaço para divulgação durante o Mundial. Fernando Lamounier, diretor de marketing da marca, ressalta que a exposição na camisa do uniforme é de extrema importância, mas as parcerias devem ser baseadas em ações fora das quatro linhas.

“A regra é conhecida dos clubes que disputam torneios organizados pela FIFA. Pela minha experiência, reconheço a importância da exposição no uniforme, mas o patrocínio não se resume a isso. Durante a relação, os envolvidos devem buscar ativações sem relação com o campo de jogo, oferecendo benefícios aos torcedores e fidelizando possíveis novos clientes. No Brasil, criamos consórcios especializados para Atlético-MG e Paysandu, alcançando garantias financeiras para o clube e para a empresa”, relata o executivo.

Nas principais divisões do futebol nacional, a Cartão de TODOS, empresa que oferece desconto em consultas médicas, investe em nove equipes brasileiras, mas ocupa a propriedade do uniforme de quatro agremiações. “Apoiamos clubes em quase todas as regiões do país. Para os objetivos traçados, essa nacionalização é importante para angariar novos clientes. Em alguns casos, optamos por não aparecer no uniforme, mas investimentos em produtos licenciados para serem comercializados com os torcedores. É uma forma diferente de investimento, mas que a longo prazo, pode ter um resultado tão efetivo quanto a propaganda no uniforme”, conta Fabrício Toth, diretor de esportes.

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