Pagani Huayra Roadster: o conversível mais incrível da história
Novo modelo consegue ser mais leve e mais rígido que a versão com teto
Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 14h40.
Última atualização em 16 de fevereiro de 2017 às 15h43.
Seis anos após o lançamento da versão cupê, o Pagani Huayra finalmente ganha uma carroceria conversível. O longo tempo de desenvolvimento é plenamente justificado: além de toda a exclusividade, o novo Huayra Roadster consegue a façanha de ser mais leve e mais rígido que o irmão mais velho, invertendo a lógica que geralmente acompanha esse tipo de variação.
Versões conversíveis costumam precisar de mais reforços estruturais (e mais peso) para equilibrar a perda de rigidez torsional causada pela ausência de teto. Só que a Pagani conseguiu tornar o Huayra Roadster 80 quilos mais leve que o original, totalizando 1.280 kg – um Mercedes-AMG GT C Roadster pesa 1.595 kg!
Isso foi obtido graças ao emprego de dois novos materiais compostos, o Carbo-Titanium e o Carbo-Triax HP52. Além da redução no peso, eles ainda incrementaram a rigidez torsional em incríveis 52% em relação ao Huayra, digamos, convencional.
O motor utilizado é feito sob encomenda pela Mercedes-AMG para a Pagani. Trata-se do M158, uma variação do V12 de 6,0 litros biturbo utilizado nos modelos top de linha da AMG. No Huayra Roadster, ele desenvolve 764 cv a 6.200 rpm e 102 mkgf a 2.400 rpm.
A transmissão é automatizada de sete marchas da X-Trac, também desenvolvida para a Pagani, e a tração segue exclusivamente para as rodas traseiras. Para domar tanta força, há um controle de estabilidade e tração com sete programações de condução: Wet, Comfort, Sport, Race e totalmente desligado.
A suspensão mantém o refinamento do Huayra BC, mas ficou 25% mais leve graças a uma liga de alumínio chamada HiFrog, (mais uma vez) desenvolvida especificamente para o Roadster. Junto com o exclusivos pneus Pirelli PZero Corsa feitos sob medida para a Pagani, o resultado é uma capacidade de aceleração lateral em curvas de 1.8 G, o mesmo que o Huayra BC.
Mas a tarefa de mantê-lo firme no chão não é restrita à suspensão e aos pneus. A aerodinâmica também faz sua parte. Quatro flaps, dois na frente e dois atrás, trabalham em conjunto com a suspensão dianteira ativa para manter o chão do carro – que é plano – sempre paralelo à superfície de rodagem.
E para frear? Entram em ação as mais avançadas pinças de freio já feitas pela Brembo, com seis pistões na frente e quatro atrás, acionando enormes discos de carbono-cerâmica. Além do poder de frenagem, eles conseguiram reduzir a massa não-suspensa – o peso que não é sustentado pela suspensão – para melhorar ainda mais o comportamento do carro.
Os refinamentos mecânicos e tecnológicos do novo Huayra Roadster são tão abrangentes que quase nos esquecemos de falar sobre a razão de ser do modelo: o teto – ou a falta dele. São dois tipos de cobertura: um teto rígido feito de fibra de carbono com uma grande área envidraçada, e um teto de tecido e carbono que pode ser guardado no próprio veículo quando não estiver sendo utilizado.
Tanto trabalho de engenharia e design, claro, tem seu preço: 2.280.000 euros (R$ 7.384.236 numa conversão direta), sem taxas. O carro será apresentado oficialmente ao público no Salão de Genebra, em março. E todas as 100 unidades que serão produzidas já foram vendidas…
Este conteúdo foi originalmente publicado na Quatro Rodas.