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Os melhores vinhos brancos da Alsácia: indicamos três rótulos

Uma degustação online de Sylvaner, Riesling e Gewurztraminer – e o fim de alguns mitos, como a necessidade de gelar demais a garrafa

Vinhos da Alsácia: variedade grande devido às condições climáticas e de solo (Ivan Padilla/Exame Hoje)

Vinhos da Alsácia: variedade grande devido às condições climáticas e de solo (Ivan Padilla/Exame Hoje)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 26 de junho de 2020 às 12h31.

Última atualização em 26 de junho de 2020 às 16h59.

A primeira dica: não é porque se trata de vinho branco que a temperatura precisa estar lá embaixo. Lembre-se, não estamos falando de cerveja. “Vinhos mais leves, de entrada, sim, ficam melhor bem gelados. Mas os mais encorpados podem estar apenas resfriados. Dessa forma sentimos melhor os aromas”, afirma Eddy Leiber-Faller, dono da Domaine Weinbach, uma linda propriedade na Alsácia, região leste da França.

EXAME participou de uma degustação online de vinhos brancos da propriedade da família Faller, ao lado de um mosteiro de 1612, quase na fronteira com a Alemanha. O domaine foi criado pelos monges capuchinhos. Os vinhos da Weinbach chegam ao Brasil pela Edega, loja virtual do PNR Group, importadora de Philippe Rothschild. São três os vinhos provados: o Sylvaner 2017, o Riesling Réserve 2016 e o Gewurztraminer Cuvée Laurence 2013.

O primeiro, o Sylvainer, é bem leve e cai bem para acompanhar entradas, como foundue de queijo, quiches, queijos suaves e legumes, explica Leibe-Faller. Portanto, este vinho sim precisa ser servido bem frio. A uva sylvainer estava quase esquecida na região e não é das mais famosas, mas tem estado em alta nos últimos anos. “É um vinho fresco, bem estruturado, encorpado e equilibrado”, diz o produtor. Custa 295 reais no site da Edega.

A Alsácia é uma região francesa um pouco menos famosa no exterior do que Bordeaux e Borgonha, mas com uma produção de vinhos de altíssima qualidade – e para ajudar, uma boa concentração de restaurantes com estrela Michelin. As montanhas de lá barram as nuvens e impedem o excesso de chuvas. O verão é bem quente durante o dia, mas a temperatura cai bastante à noite. O terreno tem uma grande diversidade geológica e abriga 15 famílias de terroir. Toda essa variedade climática e de solo explica a diversidade na produção local de vinhos.

O Riesling Réserve 2016, o segundo vinho degustado, já é bem diferente do Sylvainer. A cor é mais dourada, tem aromas de frutas maduras, flores brancas, especiarias e notas de lima. A entrada é mais delicada, e depois sente-se a concentração de frutas maduras. Vai bem com queijos de ovelha e cabra, queijos curados e canapés de caviar. Ou até com flammkuchen, uma espécie de pizza crocante coberta com cebola e bacon, muito popular no leste da França. Preço: 364 reais.

E chega a hora de passar para o terceiro vinho da degustação, o Gewurztraminer Cuvée Laurence 2013. “Exuberante” é a palavra de Leibe-Faller para descrevê-lo. De acordo com o produtor, trata-se de um vinho exuberante, com um final longo e elegante. De acordo com a inexperiente reportagem, chega perto de um vinho de sobremesa, bastante floral, quase adocicado. Sai por 525 reais a garrafa.

Na descrição do material para a experiência virtual, o Gewurztraminer combina com frango ao molho agridoce, queijos fortes e gordurosos – e, voilà, torta de chocolate com pêssegos. Um final bastante feliz para uma degustação equilibrada e que pode servir de inspiração para o fim de semana que se aproxima.

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