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O que acontece com o corpo quando se encara uma maratona

Temperatura sobe, suor é liberado, o coração acelera, queimamos açúcar para produzir energia

Corpo usa 25% da energia gerada na corrida para contração muscular, sendo maioria transformada em calor, e por isso temperatura aumenta até 2ºC
DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 10h27.

São Paulo - A temperatura sobe, suor é liberado, o coração acelera, queimamos açúcar para produzir energia. O corpo dói, o cansaço não perdoa. Mas quem completa garante: compensa. Se você já passou por isso ou pretende correr 42 km, conheça a verdadeira revolução que se passa no corpo de um maratonista.

Temperatura corporal

O corpo usa 25% da energia gerada na corrida para contração muscular. A maioria — 75% — é transformada em calor e por isso nossa temperatura aumenta até 2ºC. Mas atingir os 39ºC é sinal de perigo: o atleta pode ter náusea, tontura e até desmaiar.

Taxa de suor

Para normalizar a temperatura do corpo, as glândulas sudoríparas liberam suor: de pouco menos de 1 litro a até 2,5 litros. Nesse suor, perdemos água e sais minerais, como sódio e potássio. E a deficiência desses sais pode causar cãibras, fadiga e dor de cabeça.

Plasma sanguíneo

Pelo suor, também perdemos plasma (um líquido por onde as células do sangue viajam). Por isso, após a maratona, o volume de plasma diminui. Na prova, hidrate-se e evite que o sangue fique mais espesso e o coração trabalhe mais para bombeá-lo.

Defesas do organismo

Durante a prova, como todo o corpo "se volta" para a corrida, a produção de glóbulos brancos, mecanismos de autodefesa do organismo, fica comprometida, ou seja, é reduzida. Por isso, o atleta fica mais suscetível a doenças como gripes e resfriados, por exemplo.


Bem-estar

Em exercícios intensos, a hipófise (glândula no hipotálamo) produz o hormônio endorfina, que causa euforia e segue para o resto do corpo pelo sangue, diminuindo a sensibilidade a dores, inclusive musculares.

Pressão sanguíneo

Com a intensidade do exercício, o volume sanguíneo nos vasos aumenta e eles se dilatam. Após a prova, o volume diminui drasticamente, mas os vasos não se contraem com a mesma rapidez. E a pressão cai. Por isso, caminhe ou trote.

Balanço

O processo é mecânico: o impacto da corrida estimula os movimentos peristálticos (involuntários) que expulsam as fezes. Antes da maratona, evite alimentos ricos em fibras, como granola e Linhaça, e frutas como mamão e ameixa.

Combustível

A fonte primária de energia para a corrida é o carboidrato, armazenado como glicogênio nos músculos e como glicose no sangue. Muita gente quebra no km 30 porque não tem essa reserva de energia. Tente consumir carboidrato a cada 30 minutos.

Ácido lático

Quem vai além do seu limite também pode produzir acido lático em quantidade maior que a capacidade do corpo de remover essa substância. Resultado: ele é produzido nas fibras musculares e se espalha pelo sangue, o que pode reduzir o desempenho muscular e travar seus movimentos, especialmente nos últimos quilômetros da maratona.

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São Paulo - A temperatura sobe, suor é liberado, o coração acelera, queimamos açúcar para produzir energia. O corpo dói, o cansaço não perdoa. Mas quem completa garante: compensa. Se você já passou por isso ou pretende correr 42 km, conheça a verdadeira revolução que se passa no corpo de um maratonista.

Temperatura corporal

O corpo usa 25% da energia gerada na corrida para contração muscular. A maioria — 75% — é transformada em calor e por isso nossa temperatura aumenta até 2ºC. Mas atingir os 39ºC é sinal de perigo: o atleta pode ter náusea, tontura e até desmaiar.

Taxa de suor

Para normalizar a temperatura do corpo, as glândulas sudoríparas liberam suor: de pouco menos de 1 litro a até 2,5 litros. Nesse suor, perdemos água e sais minerais, como sódio e potássio. E a deficiência desses sais pode causar cãibras, fadiga e dor de cabeça.

Plasma sanguíneo

Pelo suor, também perdemos plasma (um líquido por onde as células do sangue viajam). Por isso, após a maratona, o volume de plasma diminui. Na prova, hidrate-se e evite que o sangue fique mais espesso e o coração trabalhe mais para bombeá-lo.

Defesas do organismo

Durante a prova, como todo o corpo "se volta" para a corrida, a produção de glóbulos brancos, mecanismos de autodefesa do organismo, fica comprometida, ou seja, é reduzida. Por isso, o atleta fica mais suscetível a doenças como gripes e resfriados, por exemplo.


Bem-estar

Em exercícios intensos, a hipófise (glândula no hipotálamo) produz o hormônio endorfina, que causa euforia e segue para o resto do corpo pelo sangue, diminuindo a sensibilidade a dores, inclusive musculares.

Pressão sanguíneo

Com a intensidade do exercício, o volume sanguíneo nos vasos aumenta e eles se dilatam. Após a prova, o volume diminui drasticamente, mas os vasos não se contraem com a mesma rapidez. E a pressão cai. Por isso, caminhe ou trote.

Balanço

O processo é mecânico: o impacto da corrida estimula os movimentos peristálticos (involuntários) que expulsam as fezes. Antes da maratona, evite alimentos ricos em fibras, como granola e Linhaça, e frutas como mamão e ameixa.

Combustível

A fonte primária de energia para a corrida é o carboidrato, armazenado como glicogênio nos músculos e como glicose no sangue. Muita gente quebra no km 30 porque não tem essa reserva de energia. Tente consumir carboidrato a cada 30 minutos.

Ácido lático

Quem vai além do seu limite também pode produzir acido lático em quantidade maior que a capacidade do corpo de remover essa substância. Resultado: ele é produzido nas fibras musculares e se espalha pelo sangue, o que pode reduzir o desempenho muscular e travar seus movimentos, especialmente nos últimos quilômetros da maratona.

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