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O cineastra Oliver Stone critica políticas dos EUA no Oriente Médio

Durante festival de cinema no Irã, o cineastra disse que as políticas americanas no Oriente Médio são repugnantes e desastrosas

Oliver Stone: o cineastra afirmou que não importa qual é o presidente americano, os EUA sempre rompe acordos para conseguir o que quer (Michael Campanella/Getty Images)

Oliver Stone: o cineastra afirmou que não importa qual é o presidente americano, os EUA sempre rompe acordos para conseguir o que quer (Michael Campanella/Getty Images)

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EFE

Publicado em 25 de abril de 2018 às 11h15.

Teerã - O cineasta Oliver Stone criticou nesta quarta-feira em Teerã as políticas dos Estados Unidos no Oriente Médio, que qualificou de "repugnantes" e "desastrosas" seja quem for o presidente do país.

Stone visita pela primeira vez o Irã como convidado do Festival Internacional de Cinema Fajr e sua presença despertou uma grande expectativa devido às complicadas relações entre Washington e Teerã.

Em uma grande entrevista coletiva, o cineasta afirmou que a Casa Branca realiza "políticas repugnantes que arruinaram milhões de vidas".

"Se fizermos com que a Síria seja um caos, se temos terroristas em todas partes, se temos migração de uma quantidade em massa de gente, está bem. Vamos destruir o Oriente Médio", disse Stone imitando o ponto de vista dos dirigentes americanos.

Na sua opinião, "há um padrão desde 2001" neste sentido, que continua apesar da invasão do Iraque em 2003 ter sido - acrescentou - "um desastre".

O autor de clássicos como "Platoon" (1986) e "Nascido em 4 de julho" (1989) ressaltou que "não importa" quem for o presidente dos EUA, George W. Bush, Barack Obama ou Donald Trump, "a América romperá qualquer acordo que tenha para obter o que quer".

Trump ameaçou em janeiro abandonar o acordo nuclear assinado entre o Irã e seis grandes potências em 2015 se não fossem impostas mais restrições a Teerã, e deve anunciar uma decisão a respeito em 12 de maio.

Stone também se referiu às declarações de ontem de Trump e do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a negociação de um novo acordo multilateral com o Irã.

"Não podia acreditar", disse o cineasta, que qualificou a cena de "muito deprimente" e lembrou que na época da invasão americana do Iraque a França se negou a participar da intervenção.

Por isso, viu esta situação como "um retorno ao colonialismo" e aconselhou Macron a "aprender a não ser imperialista".

Stone foi o principal convidado estrangeiro do Festival Internacional de Cinema Fajr, ao qual também compareceram neste ano atores de reconhecido prestígio como o italiano Franco Nero e o francês Jean-Pierre Leaud.

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