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Novo filme de James Bond ganha aprovação do Vaticano

O jornal oficial do Vaticano diz que o agente secreto britânico está mais distante dos clichês e "mais humano, capaz de se comover"

Daniel  Craig como James Bond no filme 007 - Casino Royale (Greg Williams/Divulgação)

Daniel Craig como James Bond no filme 007 - Casino Royale (Greg Williams/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2012 às 22h45.

Cidade do Vaticano - O L'Osservatore Romano, jornal oficial do Vaticano, publicou na terça-feira nada menos do que cinco artigos sobre "Skyfall", o novo filme do personagem James Bond, e considerou esse um dos melhores entre os 23 episódios da série surgida há 50 anos.

No texto principal, intitulado "007, Licença para Chorar", o jornal diz que o agente secreto britânico está mais distante dos clichês e "mais humano, capaz de se comover e de chorar: em uma palavra, mais real".

Outro artigo compara os atores que já encarnaram Bond, do pioneiro Sean Connery ao atual astro, Daniel Craig, que também foi personagem de uma entrevista.

Um outro texto explica por que o escritor Ian Fleming escolheu esse nome para o seu herói (Fleming queria um nome comum), e o quinto passeia pelas trilhas musicais dos 23 filmes.


Esse material mostra como o L'Osservatore Romano mudou, deixando de ser visto como um vetusto jornalão que se restringia a artigos religiosos e a éditos pontifícios. Desde que assumiu o comando, em 2007, o editor-chefe Gian Maria Vian vem tentando rejuvenescer o diário da Santa Sé, fundado há 151 anos.

Outras mudanças incluem mais artigos escritos por mulheres, mais cobertura internacional, e uma diagramação e tipografia mais agradáveis de ler. O jornal tem tiragem de 15 mil exemplares - inferior à de alguns jornais universitários nos EUA -, mas mantém uma influência desproporcional às suas vendas. Seu site, em sete línguas, tem milhares de acessos diários, e há também uma edição mensal escrita exclusivamente por mulheres.

Falando nelas, e voltando a "Skyfall", o jornal elogiou a personagem "M" (Judy Dench), diretora do serviço de espionagem MI6. Para o L'Osservatore, "M" mostra "a fragilidade de uma mulher que se esconde por trás da máscara fria de chefe do poderoso MI6, tornando-a menos distante e mais interessante".

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