Ana de Armas como Marilyn no filme Blonde: críticas pelo sotaque. (Netflix/Divulgação)
Julia Storch
Publicado em 28 de setembro de 2022 às 09h25.
Em maio deste ano, o nome de Marilyn Monroe voltou ao centro das atenções. O famoso vestido usado pela atriz californiana enquanto cantava parabéns ao presidente John F. Kennedy foi emprestado para Kim Kardashian para o Met Gala. O tema do evento era a Era Dourada dos Estados Unidos.
Qual é a coisa mais americana em que você pode pensar? Marilyn Monroe”, disse Kardashian sobre a escolha da peça icônica. Após o evento, as pesquisas no Pinterest por “Marilyn Monroe icon” cresceram sete vezes e o termo “Marilyn Monroe tattoo” teve aumento de 95%. Símbolo de liberdade sexual na época, a atriz ainda tem muitas questões expostas e reveladas atualmente, mesmo 60 anos após a sua morte.
Mas ainda há espaço para mais dramatização em torno da atriz de cabelos loiros. Desta vez, quem dará corpo e voz à Marilyn será a atriz cubana (e morena) Ana de Armas, no longa Blonde, que estará no mês que vem na Netflix.
Criticada nas redes sociais pelo sotaque cubano, Armas teve a atuação defendida pelo grupo que mantém o espólio de Marilyn. “Com base apenas no trailer, parece que Ana foi uma ótima escolha de elenco, pois captura o glamour, a humanidade e a vulnerabilidade de Marilyn. Mal podemos esperar para ver o filme na íntegra”, disse Marc Rosen, presidente de entretenimento do Authentic Brands Group (ABG), dono do Marilyn Monroe Estate à Vanity Fair.
Já a caracterização de Armas é impecável ao vestir réplicas de peças memoráveis, como o vestido rosa do filme Os Homens Preferem as Loiras (1953) e o branco com frente única do longa O Pecado Mora ao Lado (1955). O figurino é assinado por Jennifer Johnson, que também produziu as peças da patinadora Tonya Harding no filme Eu, Tonya.
Blonde é baseado no best-seller homônimo de Joyce Carol Oates, que reimagina a vida da atriz desde a infância volátil como Norma Jeane até a fama e os relacionamentos, e mistura realidade e ficção e o lado público e o lado privado da atriz. A estreia aconteceu no Festival de Veneza, e chega hoje à Netflix.