Museu alemão terá que devolver coleção de cartazes a donos
Apesar da família ter recebido uma indenização de US$ 294 mil, os juízes do Supremo germânico consideraram que a propriedade continua sendo da família
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2012 às 21h40.
Berlim - A Corte Suprema alemã ordenou nesta sexta-feira o Museu Histórico de Berlim devolver aos herdeiros de um dentista judeu uma ampla coleção de cartazes, que foi confiscada pelo Ministério de Propaganda nazista em 1938 e atualmente é avaliada em mais de US$ 5 milhões.
Apesar da família do dentista alemão Hans Sachs ter recebido uma indenização do estado alemão de US$ 294 mil em 1961, quando a mesma se dava por desaparecida, os juízes do Supremo germânico consideraram que a propriedade continua sendo da família.
Hans Sachs, pioneiro na arte de colecionar cartazes, reuniu mais de 12 mil peças, que passavam pelo modernismo, expressionismo, construtivismo e art déco.
A ampla coleção, considerada uma das maiores e mais valiosas do mundo, conta com obras de artistas como Wassily Kandisnky, Otto Dix, Käthe Kollwitz, Max Pechstein e Henry Van de Velde, entre outros muitos.
O dentista Sachs e sua família foram detidos na 'Noite dos Vidros Quebrados', em 1938, quando os nazistas incendiaram grande parte das sinagogas na Alemanha e assaltaram de maneira sistemática os comércios dos cidadãos judeus.
Após comprar sua liberdade, Sachs partiu com seus familiares para os Estados Unidos e deixou sua coleção de cartazes sob custódia do banqueiro Richard Lenz, embora pouco depois ela acabou sendo confiscada pelos nazistas.
Após a Segunda Guerra Mundial, a coleção acabou sendo perdida. Mas, nos anos 60, uma parte da mesma acabou aparecendo em um porão de Berlim Oriental.
Na ocasião, as autoridades comunistas da República Democrática Alemã ordenaram que a coleção passasse a fazer parte dos fundos do Museu Histórico Alemão de Berlim.
O Supremo alemão avaliou cada um dos passos da coleção e assinalou que o banqueiro havia comprado e não era seu proprietário, enquanto a apreensão por parte do Ministério de Propaganda nazista já foi declarada nula pelos tribunais no começo do pós-guerra.
Desta forma, os 4,2 mil cartazes que formam a atual coleção devem ser devolvidos aos seus proprietários 'para que não se perpetue a injustiça nazista'.
Os advogados de Peter Sachs, filho do dentista, assinalaram que a família deseja buscar um marco adequado para fazer com que esta valiosa coleção possa continuar sendo apresentada ao público.
Berlim - A Corte Suprema alemã ordenou nesta sexta-feira o Museu Histórico de Berlim devolver aos herdeiros de um dentista judeu uma ampla coleção de cartazes, que foi confiscada pelo Ministério de Propaganda nazista em 1938 e atualmente é avaliada em mais de US$ 5 milhões.
Apesar da família do dentista alemão Hans Sachs ter recebido uma indenização do estado alemão de US$ 294 mil em 1961, quando a mesma se dava por desaparecida, os juízes do Supremo germânico consideraram que a propriedade continua sendo da família.
Hans Sachs, pioneiro na arte de colecionar cartazes, reuniu mais de 12 mil peças, que passavam pelo modernismo, expressionismo, construtivismo e art déco.
A ampla coleção, considerada uma das maiores e mais valiosas do mundo, conta com obras de artistas como Wassily Kandisnky, Otto Dix, Käthe Kollwitz, Max Pechstein e Henry Van de Velde, entre outros muitos.
O dentista Sachs e sua família foram detidos na 'Noite dos Vidros Quebrados', em 1938, quando os nazistas incendiaram grande parte das sinagogas na Alemanha e assaltaram de maneira sistemática os comércios dos cidadãos judeus.
Após comprar sua liberdade, Sachs partiu com seus familiares para os Estados Unidos e deixou sua coleção de cartazes sob custódia do banqueiro Richard Lenz, embora pouco depois ela acabou sendo confiscada pelos nazistas.
Após a Segunda Guerra Mundial, a coleção acabou sendo perdida. Mas, nos anos 60, uma parte da mesma acabou aparecendo em um porão de Berlim Oriental.
Na ocasião, as autoridades comunistas da República Democrática Alemã ordenaram que a coleção passasse a fazer parte dos fundos do Museu Histórico Alemão de Berlim.
O Supremo alemão avaliou cada um dos passos da coleção e assinalou que o banqueiro havia comprado e não era seu proprietário, enquanto a apreensão por parte do Ministério de Propaganda nazista já foi declarada nula pelos tribunais no começo do pós-guerra.
Desta forma, os 4,2 mil cartazes que formam a atual coleção devem ser devolvidos aos seus proprietários 'para que não se perpetue a injustiça nazista'.
Os advogados de Peter Sachs, filho do dentista, assinalaram que a família deseja buscar um marco adequado para fazer com que esta valiosa coleção possa continuar sendo apresentada ao público.