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Mostra sobre ditadura chilena propõe interação com o público

Exposição do artista chileno Cristian Kirby é composta por 120 intervenções realizadas a partir de fotografias de desaparecidos políticos

Fotos de desaparecidos durante a ditadura militar chilena: exposição do artista plástico Cristian Kirby faz intervenções com fotografias de desaparecidos políticos (Martin Bernetti/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2014 às 16h48.

São Paulo - Uma interação com o público marcou no sábado a inauguração no Memorial da Resistência de São Paulo da exposição "119", do artista chileno Cristian Kirby, composta de 120 intervenções realizadas a partir de fotografias de desaparecidos políticos durante a ditadura chilena.

Máscaras de papel, que simbolizam o rosto de outras 436 pessoas que morreram ou desapareceram na ditadura brasileira (1964-1985), serão montadas até no próximo sábado pelos próprios visitantes na exposição, em uma interação entre o público, a história dos dois regimes militares e a obra do artista chileno.

O objetivo é "provocar o público e lembrar ou conhecer esses sujeitos, que além de rostos esquecidos, eram pessoas com família e uma história e até hoje, na grande maioria, seu desaparecimento continua sem nenhuma explicação", comentou o artista brasileiro Alexandre D'Angeli, responsável pela obra.

Uma segunda representação, entre os dias 12 e 15 de março de 2015, quando a exposição terminará, será realizada com as máscaras dos 119 desaparecidos chilenos, protagonistas da mostra, comunicou em uma nota a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, responsável pelo Memorial da Resistência.

Depois, tanto as 436 máscaras dos brasileiros como as 119 dos chilenos formarão uma exposição à parte e própria.

A exposição "119" reúne intervenções relacionadas às pessoas desaparecidas ou de fatos, como o discurso da imprensa pró ditadura.

"Expor o projeto '119' no Memorial da Resistência de São Paulo é uma das maneira de reapropriação e ressignificação dos cenários da crueldade e do extermínio tomados pelo poder e uma maneira de refletir sobre a posição que adotamos na recuperação da defesa dos direitos humanos", comentou Kirby.

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Máscaras de papel, que simbolizam o rosto de outras 436 pessoas que morreram ou desapareceram na ditadura brasileira (1964-1985), serão montadas até no próximo sábado pelos próprios visitantes na exposição, em uma interação entre o público, a história dos dois regimes militares e a obra do artista chileno.

O objetivo é "provocar o público e lembrar ou conhecer esses sujeitos, que além de rostos esquecidos, eram pessoas com família e uma história e até hoje, na grande maioria, seu desaparecimento continua sem nenhuma explicação", comentou o artista brasileiro Alexandre D'Angeli, responsável pela obra.

Uma segunda representação, entre os dias 12 e 15 de março de 2015, quando a exposição terminará, será realizada com as máscaras dos 119 desaparecidos chilenos, protagonistas da mostra, comunicou em uma nota a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, responsável pelo Memorial da Resistência.

Depois, tanto as 436 máscaras dos brasileiros como as 119 dos chilenos formarão uma exposição à parte e própria.

A exposição "119" reúne intervenções relacionadas às pessoas desaparecidas ou de fatos, como o discurso da imprensa pró ditadura.

"Expor o projeto '119' no Memorial da Resistência de São Paulo é uma das maneira de reapropriação e ressignificação dos cenários da crueldade e do extermínio tomados pelo poder e uma maneira de refletir sobre a posição que adotamos na recuperação da defesa dos direitos humanos", comentou Kirby.

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