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Metrô do Rio terá músicos internacionais

Estações vão virar palmo de shows gratuitos de artistas que se apresentam habitualmente em metrôs de Nova York, Londres, Paris e Berlim

Passageiro caminha em uma estação do Metrô do Rio de Janeiro (Rodrigo Soldon/Flickr/Creative Commons)

Passageiro caminha em uma estação do Metrô do Rio de Janeiro (Rodrigo Soldon/Flickr/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 22h47.

Rio - Seis estações de Metrô do Rio de Janeiro vão virar palco, na próxima semana, de shows gratuitos de artistas que se apresentam habitualmente em metrôs de Nova York, Londres, Paris e Berlim. Para 2015, a Metrô Rio já planeja convocar músicos locais.

O 3.º Festival Internacional de Músicos de Metrô vai de terça a sexta-feira e trará 12 atrações de 8 países, incluindo 3 cariocas, e de diferentes estilos.

Os estrangeiros foram selecionados entre os melhores das duas primeiras edições da mostra, que em 2010 e em 2012 passou por São Paulo com sucesso.

O criador é o produtor cultural Marcelo Beraldo, um expert no assunto desde 2009, ano em que viajou por 14 cidades para conhecer artistas e descobrir quais as regras de cada metrô.

"Em Montreal, há uma plaquinha para sinalizar onde eles podem tocar; em Barcelona e em Londres, uma marcação no chão", descreve.

Em cidades como Nova York, ele testemunhou a profissionalização dos artistas. "Os espaços nas estações são disputados, acontecem brigas sérias. Conheci gente que ganha US$ 7 mil por mês, tocando três ou quatro horas por dia", lembra Beraldo.

"Tem de ser muito bom. Não é à toa que gente como Eric Clapton e Rod Stewart tocou em metrô quando jovem."

Por aqui, nem São Paulo nem Rio tem essa tradição. Na Assembleia do Rio, tramita um projeto de lei que permite música e poesia nos trens.

Atualmente, a presença de músicos nas estações e vagões cariocas é tolerada, mas, quando os usuários reclamam, os seguranças são orientados a convidá-los a se retirar.

Em geral, segundo o diretor de Marketing do Metrô, Andre Salles, os passageiros preferem o silêncio.

Durante o festival, que terá sessões entre 11 e 13 horas e entre 17 e 19 horas, os músicos não poderão pedir contribuições dos espectadores (eles serão remunerados pelo patrocinador, a Red Bull).

A passagem de chapéu também será vetada a partir de janeiro, quando o Metrô pretende abrigar shows com regularidade.

"Será uma oportunidade de eles divulgarem seu trabalho", explica Salles. O projeto prevê abertura de inscrições em setembro. Não haverá discriminação de gênero musical.

Performance

Na manhã desta quarta-feira, 06, a convite do jornal O Estado de S. Paulo, o Duo Entre Rios, formado pela carioca Dani Câmara (voz e percussão) e pelo argentino Rodrigo Toledo (violão e cavaquinho), que tocará no festival, fez rápida performance na Estação Carioca.

Apressada, a maioria dos passageiros não prestou atenção no repertório de forró da jovem dupla, que vive de tocar na rua.

"É um palco muito sincero: se as pessoas gostam, batem palma. Mas também há desinteresse", diz Dani. 

Mesmo atrasado para um compromisso, o fisioterapeuta Wilson Rosa, de 74 anos, aprovou. "É ótimo para quebrar a monotonia."

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