Meryl Streep é favorita ao Oscar por papel de Thatcher
A atriz, que já foi indicada 17 vezes ao prêmio, está praticamente irreconhecível, em atuação realmente convincente
Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2012 às 16h10.
São Paulo - Meryl Streep, indicada ao Oscar 17 vezes, ganhadora em duas delas ("Kramer versus Kramer" - 1980, como coadjuvante, e "A Escolha de Sofia" - 1982, no papel principal), é novamente a favorita a receber a estatueta de melhor atriz no dia 26 de fevereiro pela brilhante atuação em "A Dama de Ferro", que estreia na sexta-feira. Meryl interpreta a ex-primeira-ministra da Inglaterra Margaret Thatcher. A atriz está praticamente irreconhecível, em atuação realmente convincente. O papel já rendeu a ela o Globo de Ouro e o Bafta (Oscar britânico) de melhor atriz. No festival de Berlim, que acontece nesta semana, Meryl Streep receberá um Urso de Ouro honorário.
Amada por uns e odiada por outros, Thatcher entrou para a história como a primeira mulher a ocupar esse cargo no país, e perpetuou-se no poder por mais de uma década - foram 11 anos, de 1979 a 1990. Sem ceder a pressões dos trabalhadores, Thatcher tomou decisões polêmicas para reduzir gastos do governo e aplicou uma política liberal. Com isso, fez inimigos nos sindicatos, além de declarar guerra contra a Argentina pela disputa territorial das ilhas Malvinas.
Esta, no entanto, é a faceta mais conhecida da Dama de Ferro, apelido que ganhou por se mostrar uma mulher durona. O que vemos no cinema é a história de uma mulher idosa, que vive sozinha e tem alucinações com o ex-marido morto. É este o recorte do filme: a velhice de Thatcher. Em seus poucos momentos de lucidez, ela se recorda do passado e, a partir de suas lembranças, somos apresentados à sua biografia.
Nascida Margaret Hilda Roberts em 13 de outubro de 1925 em Grantham, Thatcher era filha de comerciantes e cresceu em meio aos bombardeios da 2ª Guerra. Seu pai, simpatizante do partido conservador, passou à garota valores liberais, que a acompanhariam pelo resto da vida. Na vida política, ela se elegeu para a Câmara dos Comuns e depois seria designada Secretária do Departamento de Educação e Habilidades até chegar ao posto máximo de primeira-ministra.
Talvez, resida aí a deficiência do filme. Quem for ao cinema para conhecer a trajetória política de Thatcher sairá frustrado. Pontos-chave da carreira são mostrados rapidamente, como por exemplo o assassinato de um assessor de campanha ou o episódio em que escapou de um atentado à bomba em um hotel. O quarto explode, Thatcher sobrevive. E é só o que sabemos. As inúmeras greves que marcaram o mandato de Thatcher são citadas em pouco mais de cinco minutos, e nenhuma é aprofundada. A senilidade da personagem parece fazê-la esquecer dos detalhes de seu passado.
O filme nunca mostra a Dama de Ferro como uma vilã, e sim como uma mulher que soube se impor num ambiente machista. Quando ia para casa, ela se mostrava mais doce, apaixonada pelo marido. Há, porém, outro modo de assistir ao filme, que é se deixar levar pela atuação brilhante de Meryl Streep. Em alguns momentos, a história fica em segundo plano, enquanto admiramos o realismo da interpretação da atriz. As informações são do Jornal da Tarde.
São Paulo - Meryl Streep, indicada ao Oscar 17 vezes, ganhadora em duas delas ("Kramer versus Kramer" - 1980, como coadjuvante, e "A Escolha de Sofia" - 1982, no papel principal), é novamente a favorita a receber a estatueta de melhor atriz no dia 26 de fevereiro pela brilhante atuação em "A Dama de Ferro", que estreia na sexta-feira. Meryl interpreta a ex-primeira-ministra da Inglaterra Margaret Thatcher. A atriz está praticamente irreconhecível, em atuação realmente convincente. O papel já rendeu a ela o Globo de Ouro e o Bafta (Oscar britânico) de melhor atriz. No festival de Berlim, que acontece nesta semana, Meryl Streep receberá um Urso de Ouro honorário.
Amada por uns e odiada por outros, Thatcher entrou para a história como a primeira mulher a ocupar esse cargo no país, e perpetuou-se no poder por mais de uma década - foram 11 anos, de 1979 a 1990. Sem ceder a pressões dos trabalhadores, Thatcher tomou decisões polêmicas para reduzir gastos do governo e aplicou uma política liberal. Com isso, fez inimigos nos sindicatos, além de declarar guerra contra a Argentina pela disputa territorial das ilhas Malvinas.
Esta, no entanto, é a faceta mais conhecida da Dama de Ferro, apelido que ganhou por se mostrar uma mulher durona. O que vemos no cinema é a história de uma mulher idosa, que vive sozinha e tem alucinações com o ex-marido morto. É este o recorte do filme: a velhice de Thatcher. Em seus poucos momentos de lucidez, ela se recorda do passado e, a partir de suas lembranças, somos apresentados à sua biografia.
Nascida Margaret Hilda Roberts em 13 de outubro de 1925 em Grantham, Thatcher era filha de comerciantes e cresceu em meio aos bombardeios da 2ª Guerra. Seu pai, simpatizante do partido conservador, passou à garota valores liberais, que a acompanhariam pelo resto da vida. Na vida política, ela se elegeu para a Câmara dos Comuns e depois seria designada Secretária do Departamento de Educação e Habilidades até chegar ao posto máximo de primeira-ministra.
Talvez, resida aí a deficiência do filme. Quem for ao cinema para conhecer a trajetória política de Thatcher sairá frustrado. Pontos-chave da carreira são mostrados rapidamente, como por exemplo o assassinato de um assessor de campanha ou o episódio em que escapou de um atentado à bomba em um hotel. O quarto explode, Thatcher sobrevive. E é só o que sabemos. As inúmeras greves que marcaram o mandato de Thatcher são citadas em pouco mais de cinco minutos, e nenhuma é aprofundada. A senilidade da personagem parece fazê-la esquecer dos detalhes de seu passado.
O filme nunca mostra a Dama de Ferro como uma vilã, e sim como uma mulher que soube se impor num ambiente machista. Quando ia para casa, ela se mostrava mais doce, apaixonada pelo marido. Há, porém, outro modo de assistir ao filme, que é se deixar levar pela atuação brilhante de Meryl Streep. Em alguns momentos, a história fica em segundo plano, enquanto admiramos o realismo da interpretação da atriz. As informações são do Jornal da Tarde.