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1. A estrada é sua
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Pegar um avião e ir direto ao seu destino pode ser a forma mais rápida e menos dolorosa. Mas ninguém pode dizer que pegar uma boa estrada não leva altas doses terapêuticas. Arrumar a bagagem, traçar os caminhos, alugar um belo carro (ou motocicleta) e dirigir até onde aguenta. No final, por mais que uma viagem possa ser mais confortável, nada substitui a sensação de liberdade que conduzir sua família ao destino colado ao chão e alta velocidade (lembre-se que há limites para isso, claro) traz. Pensando nisso, pensamos em destinos para você cair na estrada. Dependendo de onde você partir, o avião para levá-lo até o ponto inicial da aventura. Pé no acelerador!
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2. Estrada Parque (Bahia)
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Como chegar: a viagem começa em Itacaré, a 455 quilômetros de Salvador (BA).
Veículo adequado: carro com suporte para bicicleta. Uma das novatas na lista – o trajeto foi inaugurado em 1998 -, a Estrada Parque manteve preservados seus 65 quilômetros entre as cidades de Ilhéus e Itacaré. No roteiro, opções variadas. Alimente sua sede por cultura com a antiga casa do escritor Jorge Amado – agora transformada num museu – e ou sua vontade de visitar algumas das mais belas praias do país em Itacaré e percorra trilhas pela Mata Atlântica nordestina. O trajeto curto surgere uma viagem relaxante, tranquila e com paradas. Não deixe nada para trás. Alugue um veículo que possa levar bicicletas. Os amantes da vida sob duas rodas vão adorar os trechos de ciclovia. O primeiro deles, logo na saída de Ilhéus, tem 9 quilômetros de extensão e se encerra na entrada para a Lagoa Encantada. O outro trecho fica a apenas seis quilômetros de Itacaré. Uma bela oportunidade para dar descanso para o motor do carro. Inspiração para o Jorge Amado no romance “Gabriela, Cravo e Canela”, vale passar pelo centenário Bar Vesúvio, em Ilhéus, propriedade de Nacib, o turco apaixonado pela personagem que dá nome ao romance.
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3. Serra do Rio Rastro (Santa Catarina)
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Como chegar: acesso por Bom Jardim da Serra (SC)
Veículo adequado: mais prudente evitar uma viagem de moto ou num carro de maior porte. A rota exige bastante estabilidade do veículo. Ligando as cidades de Bom Jardim da Serra e Lauro Müller, na fria serra catarinense (no inverno é bem comum temperaturas próximas ou abaixo de 0°C), uma das mais interessantes viagens possíveis em território brasileiro. Com 35 quilômetros de extensão, a SC-390 é traçada por curvas altamente fechadas e vista deslumbrante. Do pé da serra até os 1.467 metros acima do mar de Lauro Müller, prepare para se sentir na Europa. Não só pelo clima, mas também vistas que parecem tiradas de filmes do Velho Continente e pelas comidas típicas com inspiração alemã. Mas vá atento. O trajeto exige tanto do motorista que para evitar acidentes boa parte da pista é de concreto e conta com groving (ranhuras que impedem o acúmulo d’água). Durante os períodos mais frios do ano também não é difícil ver a pista coberta por camadas de gelo.
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4. Estrada Real (Minas Gerais e Rio de Janeiro)
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Como chegar: de Ouro Preto (MG) rumo ao Rio de Janeiro pelas rodovias BR-040, BR-120 e BR-259
Veículo adequado: qualquer um. Inclusive motocicletas. História é o que não falta por aqui. Aberta ainda no século 17, auge do ciclo da mineração, a Estrada Real foi usada por décadas para transportar a enorme produção de ouro e diamantes de Minas Gerais até a bela Paraty e a capital fluminense. Se você quer uma viagem longa, mas sem muitos sobressaltos, esse é o trajeto mais adequado na lista de ALFA. Os mais de 1,6 mil quilômetros podem ser percorridos facilmente com um carro mais simples ou motocicleta. Para se hospedar, uma boa dica é tentar aproveitar os meios de hospedagem típicos dos séculos 18 e 19 do trecho que liga o Porto da Estrela, em Magé (RJ) até a histórica Ouro Preto (MG). Outra atração para os mais ligados ao egoturismo são o Parque Estadual do Ibitipoca, em Lima Duarte (MG), e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Petrópolis (RJ).
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5. Transpantaneira (Mato Grosso)
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Como chegar: Poconé, a 102 quilômetros de Cuiabá.
Veículo adequado: opte por um veículo alto e resistente. De preferência um 4×4. Indicada aos mais aventureiros, o trajeto que liga Poconé a Porto Jofre, uma espécie de safári pantaneiro, deve ser feito durante o dia. Por conta das características do terreno e do clima da região, outra dica é agendar a viagem entre os meses de junho e outubro, período de seca, e fugir dos momentos que o trecho fica alagado. Apesar de transitável, a ideia inicial era de que o trajeto fosse de mais fácil acesso, capaz de unir o Pantanal do Sudeste brasileiro. As mais de 100 pontes de madeira nos 145 quilômetros de trajeto de terra se completa com o visual bem distinto da região e da vida animal selvagem dos arredores. Viagem para ser feita com o pé no freio e muita calma.
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6. Los Caracoles (andes)
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Como chegar: Ruta Nacional 60 (Argentina) e Ruta 31-CH (Chile)
Veículo adequado: mais prudente evitar uma viagem de moto ou num carro de maior porte. A rota exige bastante estabilidade do veículo. Se estiver disposto a se aventurar e ir longe (bem longe) com seu carro, nada melhor que encarar uma viagem até a Cordilheira dos Andes. A sinuosa Estrada Los Caracoles liga a província argentina de Córdoba a Paso de San Francisco, já no vizinho Chile. Mas todo cuidado é pouco. Por não contar com grades de proteção, os 350 quilômetros do percurso podem ser bastante perigosos. As curvas inclinadas e a neve que cobre a estrada boa parte do ano também não facilitam em nada a viagem. Como a grande sacada são as vistas dos pontos mais altos (e até mesmo os mais baixos em relação ao nível do mar), reserve tempo para percorrer 23 curvas acentuadas (os ditos caracóis) durante o dia.