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Médico de Jackson demorou a chamar ambulância, diz testemunha

Murray admite que deu propofol a Jackson como sonífero, mas seus advogados alegam que o próprio músico reforçou a dose do anestésico e de outros sedativos

Michael Jackson morreu em junho de 2009 por overdose de medicamentos (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2011 às 23h29.

Los Angeles - Conrad Murray, acusado de cometer homicídio culposo contra Michael Jackson , ligou para o assistente pessoal do cantor, e não para o serviço de ambulâncias, quando percebeu que o "Rei do Pop" havia parado de respirar, em 2009, disse uma testemunha nesta quarta-feira, durante o segundo dia do julgamento do médico.

E horas depois, quando Jackson foi declarado morto no hospital, Murray quis voltar à casa de Jackson para localizar um certo creme que o cantor "não gostaria que o mundo soubesse a respeito", segundo o relato feito por Michael Williams, assistente pessoal do astro.

Os promotores dizem que Murray causou a morte de Jackson ao lhe administrar uma dose muito forte do anestésico propofol, e também por não procurar assistência médica imediata ao notar que Jackson estava inconsciente, às 11h56 de 25 de junho de 2009 (15h56 em Brasília).

Murray admite que deu propofol a Jackson como sonífero, mas seus advogados alegam que o próprio músico reforçou a dose do anestésico e de outros sedativos, num momento em que o médico havia saído do quarto, e que foi isso que levou à morte dele. O médico, que se diz inocente, pode ser condenado a quatro anos de prisão.

No dia da morte do cantor, a ambulância só foi chamada às 12h20 por um segurança da mansão de Los Angeles.

Promotores dizem que Murray esboçou a primeira reação às 12h12, quando telefonou para Williams e deixou o seguinte recado: "Me ligue imediatamente."


Williams, que estava na sua casa, disse no depoimento que retornou a ligação para Murray às 12h15, quando foi informado que Jackson havia sofrido uma "reação ruim."

"Quando escuto 'reação ruim', eu pessoalmente não pensei em nada fatal, e não fui orientado a ligar para o 911 (telefone de emergências nos EUA)", disse Williams. Segundo ele, Murray pediu que ele fosse imediatamente à mansão, e que também enviasse um segurança.

Ele acrescentou que, chegando ao local, já encontrou uma ambulância. "Foi realmente frenético. Cheguei lá quando a maca (com Jackson) estava descendo (do quarto)", contou.

Williams disse também que, nos meses que antecederam à morte, era normal que botijões de oxigênio ficassem na mansão e fossem levados por Murray ao quarto do artista.

O assistente contou que, no hospital onde Jackson foi declarado morto, Murray fez um pedido que pareceu estranho.

"Ele disse: 'Há no quarto de Michael um creme que ele não gostaria que o mundo soubesse a respeito', e solicitou que eu ou alguém lhe desse uma carona de volta até a casa para que ele pudesse pegar o creme."

Os promotores sugeriram que Murray talvez quisesse eliminar provas relacionadas às drogas dadas a Jackson.

Murray havia sido contratado por Jackson para cuidar da sua saúde durante os preparativos para uma série de shows que ele faria em Londres.

Também nesta quarta-feira, uma advogada de Jackson que redigiu o contrato do médico disse ter ouvido repetidamente de Murray, nos dias que antecederam à morte do cantor, que Jackson estava "perfeitamente saudável, em excelentes condições."

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Los Angeles - Conrad Murray, acusado de cometer homicídio culposo contra Michael Jackson , ligou para o assistente pessoal do cantor, e não para o serviço de ambulâncias, quando percebeu que o "Rei do Pop" havia parado de respirar, em 2009, disse uma testemunha nesta quarta-feira, durante o segundo dia do julgamento do médico.

E horas depois, quando Jackson foi declarado morto no hospital, Murray quis voltar à casa de Jackson para localizar um certo creme que o cantor "não gostaria que o mundo soubesse a respeito", segundo o relato feito por Michael Williams, assistente pessoal do astro.

Os promotores dizem que Murray causou a morte de Jackson ao lhe administrar uma dose muito forte do anestésico propofol, e também por não procurar assistência médica imediata ao notar que Jackson estava inconsciente, às 11h56 de 25 de junho de 2009 (15h56 em Brasília).

Murray admite que deu propofol a Jackson como sonífero, mas seus advogados alegam que o próprio músico reforçou a dose do anestésico e de outros sedativos, num momento em que o médico havia saído do quarto, e que foi isso que levou à morte dele. O médico, que se diz inocente, pode ser condenado a quatro anos de prisão.

No dia da morte do cantor, a ambulância só foi chamada às 12h20 por um segurança da mansão de Los Angeles.

Promotores dizem que Murray esboçou a primeira reação às 12h12, quando telefonou para Williams e deixou o seguinte recado: "Me ligue imediatamente."


Williams, que estava na sua casa, disse no depoimento que retornou a ligação para Murray às 12h15, quando foi informado que Jackson havia sofrido uma "reação ruim."

"Quando escuto 'reação ruim', eu pessoalmente não pensei em nada fatal, e não fui orientado a ligar para o 911 (telefone de emergências nos EUA)", disse Williams. Segundo ele, Murray pediu que ele fosse imediatamente à mansão, e que também enviasse um segurança.

Ele acrescentou que, chegando ao local, já encontrou uma ambulância. "Foi realmente frenético. Cheguei lá quando a maca (com Jackson) estava descendo (do quarto)", contou.

Williams disse também que, nos meses que antecederam à morte, era normal que botijões de oxigênio ficassem na mansão e fossem levados por Murray ao quarto do artista.

O assistente contou que, no hospital onde Jackson foi declarado morto, Murray fez um pedido que pareceu estranho.

"Ele disse: 'Há no quarto de Michael um creme que ele não gostaria que o mundo soubesse a respeito', e solicitou que eu ou alguém lhe desse uma carona de volta até a casa para que ele pudesse pegar o creme."

Os promotores sugeriram que Murray talvez quisesse eliminar provas relacionadas às drogas dadas a Jackson.

Murray havia sido contratado por Jackson para cuidar da sua saúde durante os preparativos para uma série de shows que ele faria em Londres.

Também nesta quarta-feira, uma advogada de Jackson que redigiu o contrato do médico disse ter ouvido repetidamente de Murray, nos dias que antecederam à morte do cantor, que Jackson estava "perfeitamente saudável, em excelentes condições."

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