Madonna: para a cantora, a matéria é "outra prova de que o venerável NYT é um dos pais fundadores do patriarcado" (Eduardo Munoz/File Photo/Reuters)
AFP
Publicado em 6 de junho de 2019 às 20h22.
A cantora norte-americana Madonna disse que se sentiu "estuprada" ao ler um perfil seu publicado no jornal The New York Times, que acusa de ser "um dos fundadores do patriarcado".
"Dizer que estou decepcionada com a matéria seria um eufemismo", escreveu a estrela em seu Instagram.
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"A jornalista que escreveu esse artigo passou horas, dias e meses comigo e foi convidada para um mundo que poucas pessoas podem ver. Mas ela escolheu se concentrar em temas triviais e superficiais, como a etnicidade da minha estante ou o tecido das minhas cortinas e fez comentários intermináveis sobre a minha idade, o que nunca teria sido mencionado se eu fosse um HOMEM!".
O longo perfil intitulado "Madonna aos sessenta" abrange todos os períodos da vida do artista.
"Tenho a impressão de ter sido estuprada", disse a cantora, afirmando ter o direito de fazer essa analogia, já que foi "estuprada aos 19 anos" quando se estabeleceu em Nova York.
A matéria é "outra prova de que o venerável NYT (New York Times) é um dos pais fundadores do patriarcado", segundo a estrela, que escreveu "Morte ao patriarcado profundamente enraizado na sociedade".
"Nunca deixarei de lutar para erradicá-lo", afirmou Madonna, que celebrou seus 60 anos em agosto de 2018. "Parece que não se pode corrigir a sociedade e sua necessidade interminável de rebaixar, denegrir e depreciar o que sabe que é positivo. Em particular, as mulheres fortes e independentes".