O mais antigo estúdio do mundo faz 100 anos
O estúdio que fica em Potsdam, na Alemanha, sobreviveu a Segunda Guerra e já recebeu filmagens de Fritz Lang, Alfred Hitchcock e Quentin Tarantino
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2012 às 16h36.
Potsdam, Alemanha - O mais antigo estúdio de cinema do mundo está celebrando 100 anos este mês, com astros de Hollywood e realizadores europeus prontos para brindar o mítico Babelsberg, situado em Potsdam, oeste da Alemanha.
Sobreviveu aos nazistas e aos comunistas e, agora, soma a seu currículo o título de lendário dentro da história do cinema, louvado por admiradores como Quentin Tarantino, Tom Hanks e Roman Polanski.
O fantasma de Marlene Dietrich ainda está presente em seus palcos, com o filme pioneiro de ficção científica "Metropolis" rodado em 1926 no Babelsberg, onde também Alfred Hitchcock deu seus primeiros passos da profissão, quando ainda era um jovem assistente de diretor.
O primeiro centenário não será esquecido pelo Festival de Berlim que dedicará ao estúdio um ciclo de homenagens, com a projeção de filmes saídos daí, desde "O Anjo Azul", de Josef von Sternberg, a "O pianista", de Roman Polanski.
Com o título "Feliz Aniversário, Studio Babelsberg" a Berlinale lembrará, na edição de 9 a 19 de fevereiro, o primeiro centenário deste complexo cinematográfico que começou a funcionar na época do cinema mudo, passando à catedral da propaganda nazista da década de 1930 e que acolheu, depois da II Guerra Mundial a filmografia e as produções para televisão da República Democrática Alemã.
Entre suas paredes trabalharam Friedrich Wilhelm Murnau, Fritz Lang, Alfred Hitchcock e mais recentemente (foi privatizado, depois da queda do socialismo) Volker Schlöndorff, Roman Polanski, Stephen Daldry, Quentin Tarantino, Roland Emmerich, entre tantos.
"Todos em Hollywood dizem 'quanta história, é uma honra trabalhar aqui', com Tom Hanks ou Tarantino, sabendo de cor todos os filmes que foram rodados aqui", disse à AFP, Eike Wolf, diretor de publicidade do Babelsberg que aniversaria no dia 12 de fevereiro.
Hanks protagonizou no Babelsberg o final de "Cloud Atlas", que, com o orçamento de US$100 milhões (76 milhões de euros), foi a produção mais cara rodada no local.
Embora trabalhassem separadamente, como duas unidades da mesma produção, os irmãos Andy e Lana Wachowski e o cineasta alemão Tom Tykwer se reuniram no mítico estúdio de Babelsberg, para celebrar o final da ambiciosa superprodução.
O filme deverá chegar às salas de cinema ainda em 2012.
Tarantino, por sua vez, construiu a réplica da Velha Paris no estúdio alemão para conduzir o lado de Hitler no filme "Bastardos Inglórios" protagonizado por Brad Pitt.
"Bastardos Inglórios" conta a história de um grupo de soldados americanos de origem judaica que são enviados a uma missão suicida, a partir da França ocupada à Alemanha nazista.
Clive Owen também esteve ligado ao estúdio, quando uma parte de "The International" foi construída aí, a réplica do New York's Guggenheim Museum.
"Berlim é muito atraente para a criação de tipos - é um grande local para filmagens, melhor que Londres, por exemplo," comentou o diretor executivo Charlie Woebcken à AFP.
"Hoje, no Marlene Dietrich Studio, há corredores de madeira onde pode-se sentir a própria atriz caminhando", comentou Woebcken.
A idade de ouro do Babalsberg terminou quando o chefe da propaganda nazista, Joseph Goebbels tomou as rédeas do Terceiro Reich.
Babelsberg tornou-se, então, uma fábrica de filmes de propaganda antissemítica, como o célebre "Jud Suess", de 1940
Atualmente, mais de 3.000 filmes foram rodados aí, graças, em parte aos subsídios do governo alemão.
Entre as produções históricas, rodados no Babelsberg, além de Metropolis (1927) e Der Blaue Engel (1930), estão La Habanera (1936) e O Pianista (de 2002).
Potsdam, Alemanha - O mais antigo estúdio de cinema do mundo está celebrando 100 anos este mês, com astros de Hollywood e realizadores europeus prontos para brindar o mítico Babelsberg, situado em Potsdam, oeste da Alemanha.
Sobreviveu aos nazistas e aos comunistas e, agora, soma a seu currículo o título de lendário dentro da história do cinema, louvado por admiradores como Quentin Tarantino, Tom Hanks e Roman Polanski.
O fantasma de Marlene Dietrich ainda está presente em seus palcos, com o filme pioneiro de ficção científica "Metropolis" rodado em 1926 no Babelsberg, onde também Alfred Hitchcock deu seus primeiros passos da profissão, quando ainda era um jovem assistente de diretor.
O primeiro centenário não será esquecido pelo Festival de Berlim que dedicará ao estúdio um ciclo de homenagens, com a projeção de filmes saídos daí, desde "O Anjo Azul", de Josef von Sternberg, a "O pianista", de Roman Polanski.
Com o título "Feliz Aniversário, Studio Babelsberg" a Berlinale lembrará, na edição de 9 a 19 de fevereiro, o primeiro centenário deste complexo cinematográfico que começou a funcionar na época do cinema mudo, passando à catedral da propaganda nazista da década de 1930 e que acolheu, depois da II Guerra Mundial a filmografia e as produções para televisão da República Democrática Alemã.
Entre suas paredes trabalharam Friedrich Wilhelm Murnau, Fritz Lang, Alfred Hitchcock e mais recentemente (foi privatizado, depois da queda do socialismo) Volker Schlöndorff, Roman Polanski, Stephen Daldry, Quentin Tarantino, Roland Emmerich, entre tantos.
"Todos em Hollywood dizem 'quanta história, é uma honra trabalhar aqui', com Tom Hanks ou Tarantino, sabendo de cor todos os filmes que foram rodados aqui", disse à AFP, Eike Wolf, diretor de publicidade do Babelsberg que aniversaria no dia 12 de fevereiro.
Hanks protagonizou no Babelsberg o final de "Cloud Atlas", que, com o orçamento de US$100 milhões (76 milhões de euros), foi a produção mais cara rodada no local.
Embora trabalhassem separadamente, como duas unidades da mesma produção, os irmãos Andy e Lana Wachowski e o cineasta alemão Tom Tykwer se reuniram no mítico estúdio de Babelsberg, para celebrar o final da ambiciosa superprodução.
O filme deverá chegar às salas de cinema ainda em 2012.
Tarantino, por sua vez, construiu a réplica da Velha Paris no estúdio alemão para conduzir o lado de Hitler no filme "Bastardos Inglórios" protagonizado por Brad Pitt.
"Bastardos Inglórios" conta a história de um grupo de soldados americanos de origem judaica que são enviados a uma missão suicida, a partir da França ocupada à Alemanha nazista.
Clive Owen também esteve ligado ao estúdio, quando uma parte de "The International" foi construída aí, a réplica do New York's Guggenheim Museum.
"Berlim é muito atraente para a criação de tipos - é um grande local para filmagens, melhor que Londres, por exemplo," comentou o diretor executivo Charlie Woebcken à AFP.
"Hoje, no Marlene Dietrich Studio, há corredores de madeira onde pode-se sentir a própria atriz caminhando", comentou Woebcken.
A idade de ouro do Babalsberg terminou quando o chefe da propaganda nazista, Joseph Goebbels tomou as rédeas do Terceiro Reich.
Babelsberg tornou-se, então, uma fábrica de filmes de propaganda antissemítica, como o célebre "Jud Suess", de 1940
Atualmente, mais de 3.000 filmes foram rodados aí, graças, em parte aos subsídios do governo alemão.
Entre as produções históricas, rodados no Babelsberg, além de Metropolis (1927) e Der Blaue Engel (1930), estão La Habanera (1936) e O Pianista (de 2002).