Secrets Playa Blanca | Costa Mujeres: resort foi um dos últimos inaugurados pela rede
Repórter de Lifestyle
Publicado em 8 de maio de 2024 às 14h36.
Última atualização em 8 de maio de 2024 às 14h50.
Procura-se uma praia paradisíaca do Nordeste, com espaço suficiente para um hotel de grande porte, all inclusive, de luxo e que seja um refúgio para o turista brasileiro. Você não vai encontrar este anúncio em nenhum jornal de grande circulação. Mas a rede Hyatt está em busca de um local com essas características para abrir seu primeiro empreendimento de alto padrão da grife Inclusive Collection no Brasil.
Com uma receita de US$ 220 milhões em 2023 e 101 novos hotéis incorporados ao seu portfólio nos últimos anos, a Hyatt Hotel tem se concentrado em abrir empreendimentos em novos destinos na América Latina, em especial no Caribe. A ideia central é expandir sua marca de luxo e lifestyle. São mais de 30 hotéis e resorts planejados nas Américas até 2025, incluindo a expansão das marcas Hyatt em novos mercados.
Atualmente, a gama de luxo corresponde a 40% do portfólio e parte significativa do lucro que registrou crescimento de 33% no último trimestre do ano passado, se comparado com o mesmo período do ano anterior.
Com esse apetite por novos mercados, nada mais natural que o Brasil estivesse no radar. Antonio Fungairino, head de desenvolvimento das Américas, conta, com exclusividade a EXAME Casual como estão esses planos. Confira os principais trechos da entrevista.
Como a marca Hyatt está na América Latina hoje?
Em 2021, a Hyatt comprou a empresa em que eu estava trabalhando que se chamava Apple Issue Group por um valor de US$ 2,7 bilhões. E isso tornou a Hyatt a marca global com o maior número de resorts de luxo all inclusive. Na América Latina, do México até a Colômbia, até agora temos 80 resorts, nesta categoria mais de luxo. A maioria desses resorts tem cerca de 400 quartos. Então são mais de 30 mil quartos no total e nove países. Estamos na República Dominicana, Costa Rica, Aruba, Curaçao, entre outros. E obviamente continuamos a crescer.
E para o Brasil especificamente? Para onde a Hyatt olha para ter novos hotéis e resorts?
Fizemos uma extensa pesquisa sobre o futuro da nossa linha Inclusive Collection e identificamos o Brasil como um mercado muito bom para entrar, particularmente no Nordeste. Então, nosso objetivo com o Brasil é fazer parceria com alguém local. Entendemos que no mercado brasileiro o turismo doméstico é muito grande.
Tem algum lugar já em negociação?
Nós só fazemos resorts de praia, e o mar precisa estar em frente ao empreendimento. Geralmente, os conceitos butique têm de ser apoiados por um grande resort. Começamos o processo de busca, mas ainda não estamos prontos para anunciar nada. Estamos nas primeiras etapas.
O setor hoteleiro no Brasil sente falta de mão de obra qualificada. A Hyatt Hotel também percebe este problema? Como tenta solucionar?
Em Quintana Roo, no México, temos quase 30 hotéis. Para administrar tudo isso precisamos de muitas pessoas. Da mesma forma na República Dominicana, em que temos quase 20 hotéis. Temos instalações de treinamento na Costa Rica e na Jamaica, onde você pode treinar toda a equipe. Se você tiver uma abertura de Curaçao, por exemplo, ou Aruba, é fácil levar para esse centro de treinamento. Para irmos ao Brasil com o resort, não podemos treinar os funcionários no Caribe. Por isso buscamos parceiros locais para nos ajudar.