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Lewis Hamilton critica F1 por silêncio sobre morte de George Floyd

Piloto hexacampeão é único negro a correr na Fórmula 1 em 2020 e cobrou colegas diante dos protestos nos EUA contra a brutalidade policial

Lewis Hamilton: único negro na F1, o piloto criticou falta de engajamento da categoria sobre crise racial nos EUA (Mark Thompson/Getty Images)

Guilherme Dearo

Publicado em 1 de junho de 2020 às 14h21.

Última atualização em 1 de junho de 2020 às 16h57.

Único piloto negro da Fórmula 1 na temporada 2020, o inglês hexacampeão Lewis Hamilton deixou claro seu descontentamento com seus colegas de F1 e com os dirigentes da categoria. O piloto cobrou seus colegas sobre o silêncio diante da morte de George Floyd e os protestos nos Estados Unidos que tomaram várias cidades do país e do mundo.

"Estou vendo vocês que estão em silêncio, alguns de vocês grandes estrelas, e mesmo assim vocês se mantêm em silêncio diante da injustiça. Sinal algum de ninguém na minha indústria que é, claro, um esporte dominado por brancos. Eu sou a única pessoa de cor lá e ainda assim me posiciono sozinho. Eu pensei que agora vocês veriam porque isso acontece e diriam algo, mas vocês não estão do nosso lado", escreveu o piloto em seu perfil Instagram.

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Hamilton frisou que apoia os protestos pacíficos, não os violentos, mas disse que não há paz verdadeira "até que os nossos chamados líderes realizem mudanças". "Isso não acontece apenas nos Estados Unidos, mas também no Reino Unido, Espanha, Itália e por tudo. A maneira como as minorias são tratadas tem que mudar, como você educa as pessoas em seu país por igualdade, racismo, classe e que somos todos iguais!", escreeveu. "Nós não nascemos com racismo e ódio em nossos corações, isso é nos ensinado", completou.

Após a cobrança, Charles Leclerc, colega de F1 de Hamilton, se desculpou pela demora em falar do assunto. No Instagram, postou a hashtag #BlackLivesMatter (Vidas Negras Importam) e disse estar chocado diante das cenas que viu por vídeos. "Racismo precisa ser combatido com ações, não com silêncio", escreveu. Já a F1 não disse nada oficialmente enquanto entidade sobre a situação.

No mundo esportivo

No fim de semana, outro grande nome do esporte se manifestou sobre as manifestações nos EUA. Michael Jordan, ex-jogador de basquete, disse em seu Instagram estar triste, ferido e irado. "Nós devemos escutar uns aos outros, mostrar compaixão e empatia e jamais dar as costas para a brutalidade sem sentido. Nós precisamos continuar a nos expressar de maneira pacífica contra a injustiça e exigir punições", disse.

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