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Ke$ha dá show de excentricidades em São Paulo

Apresentação, em clima de balada, foi prévia da apresentação desta noite no Rock in Rio. Show decepcionou fãs no final

Durante apenas uma hora e dez minutos, a loira descabelada cheia de glitter pulou, gritou, deu estrela, quebrou instrumentos - como uma guitarra, num clichê rock star - e atirou objetos contra a plateia (Jim Dyson/Getty Images)

Durante apenas uma hora e dez minutos, a loira descabelada cheia de glitter pulou, gritou, deu estrela, quebrou instrumentos - como uma guitarra, num clichê rock star - e atirou objetos contra a plateia (Jim Dyson/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2011 às 15h04.

São Paulo - A cantora americana Ke$ha, mais famosa por seu jeito desvairado do que por seu talento musical, mostrou que veio para chocar no show que fez em São Paulo, no Via Funchal, na noite desta quarta-feira. Sua apresentação teve ares de uma verdadeira balada: palco simples, mas repleto de brilho e um reforçado jogo de luzes. A cantora é uma das atrações desta quinta do Rock in Rio.

Em sua primeira visita ao Brasil, a cantora aproveitou para curtir a tarde no Guarujá antes de apresentar-se na capital. E comprovou sua fama de excêntrica na apresentação da turnê Get $leazy World Tour. O show começou com apenas dez minutos de atraso e se seguiu com uma sequência de hits da americana - misturados a coreografias esquisitas. Mas é justamente esse estilo aparentemente inconsequente da cantora que inspira seus fãs. “Eu acho a Ke$ha louca. Eu me inspiro muito nela. O meu apelido já foi loucona”, diz Carolina Zeli, de 14 anos.

Durante apenas uma hora e dez minutos, a loira descabelada cheia de glitter pulou, gritou, deu estrela, quebrou instrumentos - como uma guitarra, num clichê rock star - e atirou objetos contra a plateia. A apresentação teve ainda direito a uma lambida no rosto de uma das back vocals, cuspes de bebida e coreografias estranhas, às vezes sensuais. Na música Cannibal, Ke$ha pegou um cantil em formato de coração e bebeu um líquido vermelho, deixando sua boca com aspecto de ensanguentada.

No quesito afinação, não tem como dar nota. Ke$ha abusa do Auto-Tune, um processador que disfarça imprecisões e erros na voz. Com o recurso, a cantora apresentou os hits dos seus dois álbuns, como Tik Tok, We R Who We R, Take it off, Your Love is My Drug e Blow.

Além das bizarrices, quem estava fora do palco também é digno de nota. Ao contrário da cantora, com suas roupas esfarrapadas, os fãs desfilavam com seus trajes estilo pop rock chique: cores, rebite, meia calça rasgada, camiseta xadrez e salto alto para algumas meninas. Até quem imitava o estilo de Ke$ha – com cabelo loiro, batom azul, olhos pintados e brilho no corpo – conseguia ficar mais apresentável que a cantora.

Acompanhando o estilo da cantora, o encerramento do show foi bastante estranho - e decepcionante, segundo alguns fãs. Assim que encerrou a música We R Who We R, Ke$ha deixou o palco e um cantor cuja presença havia sido ignorada até então tomou seu lugar. Ela voltou pouco depois, apenas para fazer baderna com os músicos da banda e atirar objetos, como um rolo de papel higiênico, no público. Saiu novamente sem dizer nada.

Quando todos ainda esperavam que ela voltasse para o bis, as luzes se acenderam. Alguns fãs ficaram descontentes com o final pouco caloroso da apresentação de uma cantora que passou o show inteiro dizendo que amava São Paulo. “Eu esperava mais do show, que tocasse mais músicas e que acabasse de outro jeito”, disse Marina Morais, de 15 anos. Ke$ha queria chocar e conseguiu. Só não contava que no final de seu show alguém dissesse: “mas eu paguei 100 reais para ver isso?”

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