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Holanda encara surpresa Costa Rica nas quartas de final

A Holanda desta Copa do Mundo é uma seleção contraditória enquanto a Costa Rica se transformou em uma especialista em derrubar favoritos

Keylor Navas, goleiro herói da Costa Rica (Paul Gilham/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2014 às 10h55.

Salvador - Holanda e Costa Rica entram em campo neste sábado, às 17 horas, na Arena Fonte Nova, em Salvador, com obrigações distintas nesta fase de quartas de final da Copa do Mundo .

De zebra a sensação na fase de grupos, os atuais vice-campeões agora encaram o peso do favoritismo absoluto contra uma rival que era candidata a saco de pancadas, se transformou em uma especialista em derrubar favoritos e agora tenta escrever um novo capítulo na fantástica trajetória que a transformou em queridinha da torcida.

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Para a Holanda, a partida, além de definir se continua no Mundial ou volta para casa, representa mais um capítulo do confronto entre o treinador Louis van Gaal e os holandeses que o acusam de, com um time cheio de zagueiros e volantes, desvirtuar a clássica tradição ofensiva da seleção laranja.

A Holanda desta Copa do Mundo é uma seleção contraditória. Mesmo com pelo menos nove jogadores encarregados de marcar e desarmar, é a mais agressiva dos 32 times desta competição, com 12 gols.

Van Gaal montou um sistema que concilia defesa fechada e ataque artilheiro. Não é todo mundo que consegue. Não é toda seleção que joga assim.

O contra-ataque é a arma mais eficiente da seleção holandesa, exaustivamente treinado. Mas não a única. Van Gaal soube montar uma estratégia vitoriosa na virada (2 a 1) contra o México, pelas oitavas de final.

Precisava reverter o placar, lutou até o fim e conseguiu a vitória, com quatro atacantes fixos na frente. Após a partida, Van Gaal chamou de "plano B" a tática empregada na maior parte do segundo tempo.

Na entrevista promovida pela Fifa nesta sexta-feira, o treinador disse que a campanha holandesa tem sido ótima, mas que nada terá importância se a equipe não passar pela Costa Rica, a quem equiparou às seleções do Chile e do México, ambas derrotadas pela Holanda neste Mundial.

"Tudo o que aconteceu até agora é fantástico. Mas nossa meta sempre foi ganhar esta Copa. Somos uma equipe difícil de ser derrotada, eu sempre disse isso. Espero que mantenhamos assim até a final", afirmou.

O treinador recusou-se a anunciar a escalação do time e o esquema que empregará. A dúvida é quanto ao substituto do volante Nigel de Jong, fora da Copa por causa de uma lesão muscular na virilha. Os favoritos são o volante Jonathan de Guzman e o zagueiro Martins Indi.

TRANQUILIDADE - Se sobre os ombros holandeses recai todo peso do favoritismo, a Costa Rica pode se dar ao luxo de entrar em campo sem maiores responsabilidades.

Passar para a semifinal evidentemente é o sonho de todo grupo, mas o time sabe que a história já foi escrita no Brasil e o que vier agora é lucro.

É justamente aí que aparece o trunfo que pode levar a surpreendente equipe a mais um feito; jogar sem pressão é a aposta para que a Costa Rica entre em campo mais relaxada e, desta forma, jogue melhor.

"Queimamos etapas e passamos por momentos difíceis. Isso nos deu muita confiança", exaltou o técnico Jorge Luis Pinto.

Ao menos no discurso, a promessa é de um time ofensivo. "Respeitamos demais o brilhante time da Holanda, mas também iremos atacar", disse o treinador colombiano.

O grupo acredita que o favoritismo holandês ficará apenas no papel. "Será um jogo difícil para os dois", projetou o zagueiro Acosta. A tendência, no entanto, é que a equipe aposte novamente em um meio de campo povoado para dificultar as ações do adversário.

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