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Grupo tenta manter Festival de Paulínia

A decisão gerou protestos e a mobilização da classe cinematográfica

Apesar do cancelamento do festival, Pavan garantiu que os investimentos do pólo se mantêm (Divulgação)

Apesar do cancelamento do festival, Pavan garantiu que os investimentos do pólo se mantêm (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 13h26.

São Paulo - Uma frente formada por cineastas, críticos e produtores elaborou um projeto alternativo para tentar viabilizar a realização do 5º Festival de Paulínia. O cancelamento do evento foi anunciado na sexta-feira pelo prefeito José Pavan Junior, que declarou que a verba do festival será aplicada na área social.

A decisão gerou protestos e a mobilização da classe cinematográfica. Além de uma carta da Associação Brasileira dos Críticos de Cinema e de um abaixo-assinado online, a frente foi criada com o objetivo de garantir a realização do festival ainda este ano. A iniciativa é encabeçada por Ivan Melo, ex-diretor e atual consultor do evento, e conta com apoio de Tatiana Quintella, que já foi secretária de Cultura da cidade e idealizou o Polo Cultural e Cinematográfico, e do crítico Rubens Ewald Filho, um dos idealizadores do festival, além de produtores e cineastas. Na sexta, após reunião com os produtores locais, a frente decidiu elaborar um projeto de execução do evento utilizando de R$ 500 mil (R$ 3 milhões a menos do que o alegado pela atual diretoria e R$ 9,5 milhões a menos do que o alegado pela prefeitura).

A quantia, que, será doada por um empresário da região de Paulínia, cujo nome é mantido em sigilo, será distribuída entre a premiação e a realização do evento. Cerca de R$ 100 mil devem ser utilizados para premiar o melhor longa-metragem e R$ 10 mil serão destinados para o melhor curta. O restante será aplicado na produção e infraestrutura. Com isso, a frente pró-Paulínia 2012 pretende não enfraquecer o festival, que poderá ser retomado em 2013. Criado pelo ex-prefeito Edson Moura, que concorre à prefeitura este ano contra Pavan (que tenta a reeleição), o festival é o principal evento do polo cinematográfico também criado por Moura, e que já investiu na produção de 40 filmes.

Apesar do cancelamento do festival, Pavan garantiu que os investimentos do pólo se mantêm. O edital de longas e curtas, que deveria ser anual, ainda não foi anunciado, o que, segundo o prefeito, deve ocorrer em junho. A demora causou apreensão. "É algo que nos deixa de fato com receio. Mas Paulínia tem importância nacional e local. Nunca vou esquecer da sessão de O Palhaço, quando a procura do público foi tanta que tivemos de fazer uma sessão extra. O que for preciso para que este festival não morra, vamos fazer", declarou a produtora Vânia Catani.

Estava programada para hoje à tarde uma reunião dos produtores locais com o prefeito para solicitar a cessão do Teatro Municipal de Paulínia durante os dias em que o festival ocorreria, de 21 a 28 de junho. O ex-Secretário de Cultura da cidade, Emerson Alves, não quis conceder entrevistas nem comentar sua exoneração, anunciada no fim de semana. O novo secretário ainda não foi definido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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