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Grupo LVMH se expande no Brasil com abertura da Loewe no Iguatemi São Paulo

A label mais antiga do grupo LVMH, desde 2013 sob direção criativa de Jonathan Anderson, figura na The Lyst de 2023, como a marca de luxo mais desejada do ano

Jonathan Anderson, diretor criativo da Loewe. (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Jonathan Anderson, diretor criativo da Loewe. (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 5 de dezembro de 2023 às 11h07.

Ao lado de marcas como Louis Vuitton, Rimowa, Bulgari e Sephora, a marca espanhola Loewe terá seu primeiro espaço físico no Brasil, no shopping Iguatemi São Paulo. Fundada em 1846, as peças da marca são reconhecidas pelos detalhes feitos à mão e suas coleções criativas e lúdicas.

A label mais antiga do grupo LVMH, desde 2013 sob direção criativa de Jonathan Anderson, figura na The Lyst de 2023, como a marca de luxo mais desejada do ano. Suas bolsas icônicas e objetos de desejo, Puzzle, Flamenco, Hammock, Amazona, Paseo, Goya e Squeeze, estarão, em breve, nas prateleiras da loja Loewe, ao lado da coleção prêt à porter feminina, no Iguatemi São Paulo.

A concentração de marcas de desejo no Iguatemi de São Paulo não fica atrás da vista em shoppings internacionais de alto padrão, como o Bal Harbour, em Miami, na rede Westfield, espalhada pela Europa e pelos Estados Unidos, e em ruas charmosas, como a Bond, em Londres, ou a Via Monte Napoleone, em Milão.

O centro de compras paulistano faz parte do grupo de mesmo nome, hoje com 14 shopping centers e dois outlets premium. O balanço do terceiro trimestre apontou uma receita líquida de 302 milhões de reais, alta de 12,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre julho e setembro, as vendas das lojas atingiram 4,5 bilhões de reais, um crescimento de 9,3% na comparação com 2022.

Boa parte dos bons resultados do grupo vem do sucesso das marcas de luxo. No Iguatemi e no JK Iguatemi, em São Paulo, 30% da ocupação é de marcas internacionais. Nem sempre foi assim. Quando o Iguatemi foi inaugurado, em 1966, com show de Chico Buarque e Nara Leão para um público de 5.000 pessoas, chique mesmo era fazer compras na Rua Augusta. Seu fundador, Alfredo Mathias, foi à falência. Foi a partir da compra do shopping pela família Jereissati, em 1979, que o comportamento começou a mudar. As facilidades dos shopping centers, aliadas à sensação de segurança, foram tirando aos poucos os consumidores das ruas. No Iguatemi, assim como em outros shoppings brasileiros, marcas de luxo convivem com lojas de departamento e serviços como cabeleireiro, cinema e praça de alimentação.

“Precisamos criar fluxo, recorrência. Ninguém compra bolsa cara todo dia”, diz Cristina Betts, que foi CFO do grupo por 14 anos até assumir a presidência, em janeiro do ano passado, sucedendo a Carlos Jereissati Filho. Ainda assim, a vocação do grupo é clara. “Queremos ser o melhor shopping para uma classe alta, na praça em que estiver. Vamos acompanhando a evolução de renda de cada cidade”, afirma a executiva. Neste ano, o shopping de Porto Alegre recebeu uma loja da Gucci, por exemplo. “Este é o melhor momento do mercado de luxo no Brasil.”

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