O repertório do concerto é um passeio por seus 57 discos e conta com interpretações de Jimi Hendrix, seu grande amigo Caetano Veloso, Tom Jobim, entre outros (Thesupermat / Wikimedia Commons/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2012 às 17h16.
Rio de Janeiro - O cantor Gilberto Gil, ícone da música brasileira, reúne em um novo espetáculo sucessos de sua carreira ao celebrar seu 70º aniversário.
Na noite da última segunda-feira, Gil emocionou com seu novo espetáculo o público que encheu o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A apresentação reuniu os grandes trabalhos de sua carreira.
O cantor, que nasceu na Bahia, levará o show a outros lugares do Brasil, assim como à França, Reino Unido, Bélgica, Alemanha, Suíça e Itália.
No "Concerto de cordas e máquinas de ritmos", Gil repassa sua trajetória musical acompanhado de seu filho, o também guitarrista Bem Gil, o violoncelista Jacques Morelenbau, o violinista Nicolas Kassik, o percussionista Gustavo di Dalva e uma orquestra sinfônica.
O artista, um dos integrantes do tropicalismo, movimento cultural dos anos 60 e 70, explicou à Agência Efe que pretende com este concerto abranger toda a sua produção desde o início da carreira.
O compositor, que em 26 de junho completará 70 anos, disse que este espetáculo "com canções em português, inglês e espanhol" servirá para gravar um DVD que será acompanhado de um livro. Os dois serão lançados na comemoração de seu aniversário.
O repertório do concerto é um passeio por seus 57 discos e conta com interpretações de Jimi Hendrix, seu grande amigo Caetano Veloso, Tom Jobim, entre outros. "Farei isso como artista, mas como indivíduo o que desejo é celebrar com um jantar em casa com minha família", destacou.
Gil também se declarou a favor das cotas raciais impulsionadas desde 2004 pelo Governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "É uma maneira provisória de refazer os equilíbrios perdidos na história. No Brasil, os herdeiros dos escravos não tiveram a oportunidade de se tornar cidadãos completos, plenos, com acesso ao trabalho e a produção de riqueza", disse.
No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou por unanimidade a constitucionalidade da política aplicada por 70 universidades públicas de reservar vagas para alunos negros, mulatos e índios.