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Ghislaine Maxwell, parceira de Epstein, é condenada a 20 anos de prisão por exploração sexual

Ex-socialite britânica ajudou o financista Jeffrey Epstein a abusar sexualmente de meninas menores de idade

Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell: parceira de Epstein foi condenada a 20 anos de prisão por exploração sexual (Joe Schildhorn/Patrick McMullan/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 28 de junho de 2022 às 17h13.

Última atualização em 28 de junho de 2022 às 18h09.

A ex-socialite britânica Ghislaine Maxwell foi condenada a 20 anos de prisão nesta terça-feira, punição que pode deixá-la na cadeia pelo resto da vida. Ghislaine, de 60 anos, foi considerada culpada por ter ajudado o financista americano Jeffrey Epstein , morto em 2019, a explorar sexualmente e abusar de meninas menores de idade.

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A sentença dada a Maxwell pelo juiz é menor do que a pedida pela promotoria, que recomendou 30 anos. Hoje com 60 anos, se conseguir alguma redução de pena por, por exemplo, bom comportamento, Maxwell sairá da cadeira com mais de 70 anos.

Ghislaine Maxwell é filha do magnata da mídia britânico Robert Maxwell, condenado em dezembro de 2021 por tráfico sexual e outros crimes em um julgamento que levou mais de um mês. Pai e filha foram julgados por um tribunal federal localizado em Manhattan, Nova York.

Ela e Jeffrey Epstein tinham um relacionamento que já durava anos, e os funcionários das propriedades do financista a chamavam de "dona da casa".

LEIA TAMBÉM: Quem é Jeffrey Epstein e quais foram seus crimes?

Durante o julgamento, a promotoria procurou mostrar que Maxwell é uma predadora sexual, que "buscava meninas jovens e vulneráveis, as manipulava e levava para serem abusadas sexualmente por Jeffrey Epstein", como descreveu o jornal The New York Times. "Foram anos de abuso sexual, muitas vítimas, e danos psicológicos devastadores: nada disso teria acontecido sem Maxwell", afirmou a promotoria.

O julgamento de Ghislaine Maxwell se tornou ainda maior depois que Jeffrey Epstein foi encontrado morto, aos 66 anos, na cela onde aguardava o julgamento por tráfico sexual. Preso em julho de 2019, o financista se enforcou um mês depois de sua prisão.

Jovem adolescente protesta contra Jeffrey Epstein após ele ter sido acusado de tráfico sexual, em julho de 2019 (Stephanie Keith/Getty Images)

Afirmando que o julgamento de Maxwell só ganhou importância depois da morte de Epstein, a defesa da socialite tentou apresentá-la como uma "facilitadora" dos crimes que eram "orquestrados" por Epstein. Para a defesa de Maxwell, condená-la seria uma maneira de responder ao desejo de resposta do público.

A promotoria considerou "ofensiva" a tentativa da defesa de afirmar que Maxwell seria condenada pelos crimes de Epstein.

Durante os dez dias do julgamento, foram ouvidas 24 testemunhas e quatro acusadoras. Duas mulheres afirmaram que mantiveram relações sexuais com Epstein quando tinham 14 anos. Segundo uma delas, Maxwell às vezes estava presente nesses encontros. A outra disse que Maxwell a molestou.

A defesa de Ghislaine Maxwell pode recorrer da sentença.

(Agência O Globo)

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