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Final da Libertadores entre River e Boca é adiada de novo

A partida ocorreria no sábado, mas precisou ser adiada após o ônibus dos jogadores do Boca Juniors ser atacado por torcedores do River Plate

Torcedores do Boca Juniors (Getty Images/Richard Heathcote/Getty Images)

Torcedores do Boca Juniors (Getty Images/Richard Heathcote/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de novembro de 2018 às 15h43.

Buenos Aires - O presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, anunciou o adiamento da final da Copa Libertadores entre River Plate e Boca Juniors, que seria realizada neste domingo, no Monumental de Nuñez, após um adiamento inicial do confronto, que estava marcado para sábado. O dirigente indicou que vai se reunir com os presidentes dos dois clubes para definir uma nova data para a decisão.

A partida decisiva ocorreria no sábado, mas precisou ser adiada após o ônibus que transportava os jogadores do Boca Juniors ser atacado por torcedores do River Plate. Após alguns adiamentos, a Conmebol havia marcado a partida para este domingo, às 18 horas (de Brasília), mas optou por um novo adiamento, sem uma data determinada.

"O que aconteceu é uma vergonha, não é futebol", afirmou Domínguez, em entrevista ao Fox Sports, acrescentando que a partida não pode ser realizada neste momento pela inexistência de igualdade esportiva, diante das lesões sofridas por alguns jogadores do Boa Juniors.

Nos próximos dias, o presidente da Conmebol vai se encontrar com membros de River Plate e Boca Juniors para determinar quando será disputada a segunda partida da final da Libertadores. Mas o encontro não ocorrerá antes da reunião do G20 em Buenos Aires, marcado para os dias 30 de novembro e 1º de dezembro. "O jogo está sendo postergado e eu vou me encontrar com os dois presidentes para decidir a nova data. Não há igualdade esportiva para jogar a final", acrescentou.

Dominguez defendeu que a entidade sul-americana não tem responsabilidade pelos problemas ocorridos no sábado ao declarar que "a culpa não é da Conmebol". "As condições de jogo não são adequadas. Queremos que o jogo seja em igualdade de condições. Ele vai ser adiado. Vamos procurar uma nova data", acrescentou.

O dirigente ainda apontou que o momento deve ser para reflexão sobre comportamento no mundo do futebol. "Quero aproveitar o momento para convidar as pessoas a refletirem. Isso não é certo. No futebol não cabe a intolerância. Tem que ser feita a autocrítica. Futebol é alegria, é família. As pessoas têm que refletir sobre o sentido próprio do futebol", comentou.

Momentos antes do anúncio do presidente da Conmebol, o Boca havia solicitado o adiamento da partida alegando ausência de "condições de igualdade", exatamente o argumento utilizado por Domínguez para suspender a partida. Mas no momento do anúncio, torcedores do River Plate chegavam ao Monumental para acompanhar o jogo.

O Boca considera que chega para a partida em condição inferior à do adversário. Não bastasse o trauma sofrido pelos ataques de sábado, o time viu seu volante e capitão Pablo Pérez sofrer uma lesão no olho por causa do apedrejamento. O reserva Gonzalo Lamardo também se machucou durante a ação.

Além disso, outros atletas foram vítimas dos efeitos de um artefato com gás de pimenta arremessado por um torcedor do River, como Tévez, Fernando Gago, Julio Buffarini, que foram vistos passando mal nas dependências do vestiário.

O primeiro jogo da decisão da Libertadores, no estádio de La Bombonera, terminou empatado em 2 a 2. O campeão continental será o time que vencer o segundo duelo, ainda sem uma data determinada.

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