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Filme de Hitchcock é eleito o melhor da história

O longa-metragem "Um Corpo que Cai", de 1958, superou "Cidadão Kane" e ocupa o posto de melhor filme de todos os tempos, segundo enquete de revista britânica

Alfred Hitchcock: é do cineasta o "melhor filme de todos os tempos", segundo a revista Sight and Sound do Festival de Cinema Britânico (Divulgação)

Alfred Hitchcock: é do cineasta o "melhor filme de todos os tempos", segundo a revista Sight and Sound do Festival de Cinema Britânico (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2012 às 09h39.

Londres - O longa-metragem "Um Corpo que Cai" (1958), de Alfred Hitchcock, superou "Cidadão Kane", de Orson Welles, e ocupou o posto de "melhor filme de todos os tempos", segundo a última enquete da revista "Sight and Sound" do Festival de Cinema Britânico (BFI), que, por sua vez, realiza essa pesquisa a cada dez anos.

Nesta última pesquisa da revista especializada, que classifica os 50 melhores filmes de todos os tempos, o filme de suspense que o reconhecido diretor britânico lançou em 1958 superou por 34 votos o longa "Cidadão Kane", que ocupou o primeiro posto desta lista durante as últimas cinco décadas. Nenhum filme rodado na última década aparece na classificação da BFI.

Reunindo um total de 846 especialistas, entre distribuidores, críticos, acadêmicos e escritores, a enquete elaborada pela "Sight and Sound" pede que os filmes sejam avaliados de acordo com sua relevância na história cinematográfica, sua descoberta estética e seu impacto com base na própria visão de cinema dos jurados.

Com um elenco que inclui os atores do nível de James Stewart e Kim Novak, "Um Corpo Que Cai" aborda a história de um policial aposentado, John "Scottie" Ferguson (Stewart), que sente medo de altura.


Na última pesquisa realizada pela revista, o filme de Hitchcock, considerado pelo próprio diretor britânico como sua "obra mais pessoal", tinha ficado somente cinco votos atrás de "Cidadão Kane" (1941).

Assim como o filme de Welles, "Um Corpo Que Cai" recebeu muitas críticas contraditórias quando foi lançado, embora tenha ganhando muito prestígio com o passar do tempo.

Nesta classificação da BFI, o filme de Yasujiro Ozu "Era uma Vez em Tóquio" (1953) passou do quinto ao terceiro lugar, enquanto "A Regra do Jogo" (1939), de Jean Renoir, perdeu uma posição e, agora, aparece em quarto.

Entre os dez primeiros, apenas dois são "novos": "O Homem da Câmera" (1929), de Dziga Vertov, que aparece em oitavo, e "A Paixão de Joana d'Arc" (1927), de Carl Theodor Dreyer, na nona posição.

Entre os filmes selecionados, o mais recente é "2001: Uma Odisséia no Espaço" (1968), de Stanley Kubrick, que aparece em sexto lugar na lista.

O diretor da revista "Sight and Sound", Nick James, declarou aos jornalistas que o resultado dessa classificação "reflete as mudanças realizadas na cultura da crítica cinematográfica" nos últimos anos.

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