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Festival de Berlim barra filmes com assediadores confessos

Diretor do festival não quis citar os títulos recusados nem os nomes dos envolvidos, mas confirmou que retirou filmes que gostaria de exibir

Urso de Ouro do Festival de Berlim: diretor destacou a importância do debate aberto pela campanha #MeToo (Fabrizio Bensch/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 12h14.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2018 às 12h15.

Berlim, 2 fev (EFE).- O diretor do Festival Internacional de Cinema de Berlim, Dieter Kosslick, revelou nesta sexta-feira que na programação deste ano estão descartados filmes com a participação de pessoas que admitiram ter cometido abusos ou assédio sexual , em concordância com a campanha #MeToo.

Em um encontro com a Associação da Imprensa Estrangeira na Alemanha, Kosslick não quis citar os títulos recusados nem os nomes dos envolvidos, mas confirmou que retirou filmes que gostaria de exibir.

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"São menos de cinco", especificou o diretor.

Kosslick destacou a importância do debate aberto pela campanha #MeToo, que começou com as denúncias de abuso sexual contra um dos produtores mais poderosos de Hollywood durante décadas, Harvey Weinstein.

Depois de revelar que tinha dispensado vários filmes, o ele afirmou que não pode garantir que entre os 400 filmes que serão exibidos nenhum terá problema.

"Vamos aguardar ver o que acontecerá. Espero que não aconteça nada sério com os filmes que escolhemos", apontou.

Segundo explicou, o movimento estará presente durante o festival, com um programa próprio que será apresentado na próxima semana, já que o mundo não é mais o mesmo desde o nascimento desta campanha. Este ano o Festival de Berlim chega a 68º edição.

Para ele, o debate é "difícil", principalmente quando se analisa a possibilidade de separar a obra de arte do seu autor quando este é alvo de graves acusações de assédio ou abusos sexuais. EFE

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