Gabriel Medina: a estratégia para o próximo ano é reforçar o processo de estruturação e modernização da entidade de surfe (Ryan Miller/Red Bull Content Pool/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2014 às 08h19.
Havaí - A ASP (Associação dos Surfistas Profissionais) vai entrar em 2015 tentando marcar uma nova era. A entidade que rege o esporte passará a se chamar Liga Mundial de Surfe (WSL, da sigla e inglês), pois segundo pesquisas o novo nome ajudará nas questões comerciais e de marketing. Por isso, Gabriel Medina pode ser considerado o último campeão da ASP.
A estratégia para o próximo ano é reforçar o processo de estruturação e modernização da entidade, que conta com um CEO, Paul Speaker, que responde pelo grupo ZoSea, detentor dos direitos do Circuito Mundial. A intenção é manter a tradição do esporte, mas ao mesmo tempo criar condições para um crescimento.
E essa missão conta com um papel importante do Brasil no cenário mundial. Só para se ter uma ideia, a transmissão do dia final no Pipe Masters na última sexta-feira bateu todos os recordes de audiência e o servidor não aguentou em alguns momentos tamanho o interesse dos torcedores. Isso já deu uma amostra do tamanho do mercado brasileiro.
Outro fator importante é que a entidade já está entendendo que Medina é um ídolo em ascensão, que pode ocupar um lugar ao lado de Kelly Slater no futuro. O talento do jovem surfista, aliado ao seu carisma nas redes sociais, é um prato cheio para a ASP, que vê o atleta como um bom embaixador do surfe para outros países da América Latina e da Ásia.
O esporte sempre foi dominado por australianos e norte-americanos. Mas a ASP quer globalizar ainda mais a modalidade e vê no título de Medina um recado para crianças da China, Venezuela ou México de que é possível chegar longe mesmo estando fora do eixo dominantes no Circuito Mundial.
Para os próximos anos, existe a ideia de incluir mais uma etapa no calendário, chegando a 12 no total, em algum lugar na Ásia, possivelmente Indonésia, que tem muitas praias com boas ondas. O Japão também é visto com bons olhos, porque tem um grande mercado. As mudanças no surfe estão apenas começando e Medina sabe que pode ajudar nisso.