Federer pede evolução em relacionamento entre tenistas e mídia
"Acho que tenistas, os torneios, jornalistas, precisamos nos sentar em uma sala e dizer 'Ok, o que funcionaria para vocês e o que funciona para nós...'", disse Federer à revista britânica GQ nesta segunda-feira
Reuters
Publicado em 27 de setembro de 2021 às 12h25.
Última atualização em 27 de setembro de 2021 às 13h58.
O relacionamento entre os tenistas e a mídia precisa evoluir, e o esporte também precisa fazer mais para ajudar a geração mais jovem a lidar com comentários negativos nas redes sociais, disse Roger Federer .
A questão da saúde mental dos tenistas ganhou destaque depois que a japonesa Naomi Osaka se retirou de Roland Garros devido a um desentendimento com os organizadores do torneio a respeito de eventos midiáticos obrigatórios.
Osaka disse que estava sofrendo de depressão e ansiedade e que interagir com a mídia às vezes a afetou de maneira negativa.
Federer, que compartilha com Rafael Nadal e Novak Djokovic o recorde de 20 títulos masculinos de torneios do Grand Slam, disse que a situação precisa ser repensada.
"Acho que tenistas, os torneios, jornalistas, precisamos nos sentar em uma sala e dizer 'Ok, o que funcionaria para vocês e o que funciona para nós...'", disse Federer à revista britânica GQ nesta segunda-feira.
"Precisamos de uma revolução. Ou pelo menos uma evolução em relação a onde estamos hoje."
"Mesmo quando estou desanimado, sei que preciso agir de uma certa maneira diante da imprensa mundial. Precisamos lembrar que jogadores de tênis são atletas e profissionais, mas que também somos humanos", afirmou.
O suíço de 40 anos, que se recupera de uma operação recente no joelho, também elogiou a jornada da britânica Emma Raducanu ao topo depois de seu triunfo no Aberto dos Estados Unidos aos 18 anos.
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