Fãs fazem petição para que Mulher Maravilha seja bissexual
A Mulher Maravilha voltou ao cinema neste ano interpretada pela israelense Gal Gadot e chegou ao topo das bilheterias em junho
Reuters
Publicado em 27 de setembro de 2017 às 21h31.
Londres - Milhares de fãs pediram ao estúdio de cinema Warner Bros para que " Torne a Mulher Maravilha Bissexual " na sequência do filme de grande sucesso da personagem lançado neste ano e crie a primeira grande superheroína lésbica, gay, bissexual ou transgênero ( LGBT ).
Quase 6 mil pessoas assinaram uma petição no site change.org que foi iniciada por Gianna Collier-Pitts, ex-embaixadora estudantil do grupo norte-americano Aliança de Gays e Lésbicas contra a Difamação (Glaad, na sigla em inglês).
Collier-Pitts disse ter tomado a iniciativa porque a Warner Bros não abordou a sexualidade da Mulher Maravilha, embora se aluda há anos à probabilidade de ela ser bissexual, principalmente nos quadrinhos.
Greg Rucka, autor de quadrinhos norte-americano que produziu uma nova série da Mulher Maravilha para a editora DC Comics no ano passado, disse ao site de fãs de quadrinhos Comicosity que a superheroína é "obviamente" bissexual.
"Tudo que peço é que a Warner Bros reconheça Diana Prince diretamente pelo que ela é, pelo que sempre foi (independentemente de seus interesses amorosos atuais), e o que seu personagem poderia representar para milhões de pessoas", escreveu Collier-Pitts na introdução à petição.
Ninguém da Warner Bros estava disponível de imediato para comentar.
Collier-Pitts disse que o padrão é muito baixo quando se trata de representar mulheres e personagens LBGTQ de maneira positiva.
De acordo com o Índice de Responsabilidade dos Estúdios de 2016 da Glaad, no ano anterior só 17,5 por cento dos 126 filmes lançados pelos sete maiores estúdios continham personagens LBGTQ.
Além disso, personagens LBGTQ masculinos presentes em lançamentos comerciais superam seus equivalentes femininos quase três vezes, mostrou a pesquisa.
A Mulher Maravilha voltou ao cinema neste ano interpretada pela israelense Gal Gadot e chegou ao topo das bilheterias em junho, graças a uma onda de críticas positivas e ao empoderamento feminino.
"Tornar a Mulher Maravilha bissexual no cinema faria dela o primeiro superherói abertamente LGBTQ de qualquer gênero no universo cinematográfico DC ou Marvel e consolidaria seu lugar como verdadeiro exemplo para mulheres de todas as idades e identidades", argumentou Collier-Pitts.