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Estrelado por Zac Efron, "Obsessão" tropeça no exagero

Adaptando livro de Pete Dexter, filme é dirigido por Lee Daniels, mesmo do drama "Preciosa"

Ator Zac Efron posa para foto com fãs durante a pré-estreia do filme "Obsessão", no 38º Festival Internacional de Toronto (Fred Thornhill/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 17h47.

São Paulo - O diretor norte-americano Lee Daniels aperfeiçoou, no mau sentido, sua mão pesada, já sentida no drama "Preciosa" (2009), neste novo trabalho, "Obsessão" - em que ele dispõe de uma boa e forte história nas mãos, mas a põe a perder, pelo tom excessivo e a má condução de um elenco de bons atores.

Adaptando livro de Pete Dexter, que foi seu corroteirista, Daniels elabora uma narrativa policial, envolvendo dois irmãos, filhos de um dono de jornal, Jack (Zac Efron) e Ward Jansen (Matthew McConaughey), um presidiário, Hilary Van Wetter (um surpreendente John Cusack), e uma loira fatal, Charlotte (Nicole Kidman), em 1969.

Os dois irmãos entram na vida da loira, que se corresponde com o presidiário, que nunca viu pessoalmente - é uma mulher de paixões fatais -, quando Ward tenta levantar falhas no processo de assassinato de um xerife, que deve levar Hilary à cadeira elétrica.

O jovem Jack se apaixona por Charlotte, apimentando uma história temperada pelo clima violento do sul dos EUA, um ambiente de pântanos e jacarés, com um pano de fundo envolvendo racismo e homofobia. Um ótimo material para um diretor melhor do que Lee Daniels desenvolver.

Daniels, no entanto, prefere esbaldar-se em cenas exageradas - como no primeiro encontro entre Charlotte e Hilary na prisão, em que, apesar de não poderem tocar-se, chegam a um quase orgasmo simultâneo apenas por excitação verbal; e, pior ainda, quando Charlotte urina em Jack, depois que ele teve grave problema alérgico, numa praia, por causa de uma queimadura por contato com uma água-viva.

Ainda assim, o filme pode até, quem sabe, comunicar-se com um grande público, como se viu nas sessões durante o Festival de Cannes 2012, em que teve sua première mundial. Não será surpresa, também, se Daniels voltar ao Oscar, depois das duas estatuetas vencidas em 2009 por "Preciosa". Não raro, Hollywood adora esses excessos.

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São Paulo - O diretor norte-americano Lee Daniels aperfeiçoou, no mau sentido, sua mão pesada, já sentida no drama "Preciosa" (2009), neste novo trabalho, "Obsessão" - em que ele dispõe de uma boa e forte história nas mãos, mas a põe a perder, pelo tom excessivo e a má condução de um elenco de bons atores.

Adaptando livro de Pete Dexter, que foi seu corroteirista, Daniels elabora uma narrativa policial, envolvendo dois irmãos, filhos de um dono de jornal, Jack (Zac Efron) e Ward Jansen (Matthew McConaughey), um presidiário, Hilary Van Wetter (um surpreendente John Cusack), e uma loira fatal, Charlotte (Nicole Kidman), em 1969.

Os dois irmãos entram na vida da loira, que se corresponde com o presidiário, que nunca viu pessoalmente - é uma mulher de paixões fatais -, quando Ward tenta levantar falhas no processo de assassinato de um xerife, que deve levar Hilary à cadeira elétrica.

O jovem Jack se apaixona por Charlotte, apimentando uma história temperada pelo clima violento do sul dos EUA, um ambiente de pântanos e jacarés, com um pano de fundo envolvendo racismo e homofobia. Um ótimo material para um diretor melhor do que Lee Daniels desenvolver.

Daniels, no entanto, prefere esbaldar-se em cenas exageradas - como no primeiro encontro entre Charlotte e Hilary na prisão, em que, apesar de não poderem tocar-se, chegam a um quase orgasmo simultâneo apenas por excitação verbal; e, pior ainda, quando Charlotte urina em Jack, depois que ele teve grave problema alérgico, numa praia, por causa de uma queimadura por contato com uma água-viva.

Ainda assim, o filme pode até, quem sabe, comunicar-se com um grande público, como se viu nas sessões durante o Festival de Cannes 2012, em que teve sua première mundial. Não será surpresa, também, se Daniels voltar ao Oscar, depois das duas estatuetas vencidas em 2009 por "Preciosa". Não raro, Hollywood adora esses excessos.

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