E o Oscar vai para... os momentos memoráveis da premiação
Os organizadores da maior noite de Hollywood estão apreensivos com a possibilidade de algumas cenas fora do roteiro irritarem os espectadores ou diminuirem a audiência
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 13h00.
HOLLYWOOD - De vencedores soluçando incontrolavelmente a discursos políticos chocantes, o Oscar viu de tudo e o Academy Awards desse domingo pode oferecer novos momentos inesquecíveis.
Os organizadores da maior noite de Hollywood estão apreensivos com a possibilidade de algumas cenas fora do roteiro irritarem os espectadores ou diminuirem a audiência.
Mas a emoção pura e as surpresas, em meio ao que é conhecido como uma coreografia extravagante e muito bem amarrada, também fazem do Oscar uma noite memorável.
Com a audiência global chegando a bilhões de pessoas, torna-se tentador, quase irresistível, usar o evento como uma plataforma para discursos políticos como mostraram alguns vencedores, de Marlon Brando a Michael Moore.
Vaias invadiram o Kodak Theater em 2003, quando o cineasta Michael Moore lançou um ataque violento ao na época presidente George W. Bush por travar a guerra no Iraque.
Mas Moore estava apenas mantendo a tradição de transformar o palco da premiação em um púlpito político.
Indiscutivelmente, o exemplo mais famoso é de 1973, quando uma mulher vestida de índia e se autodenominando Sacheen Littlefeather se colocou perante o público para representar Marlon Brando pelo Oscar de Melhor Ator por "O Poderoso Chefão".
Littlefeather se recusou a receber a estatueta em nome de Marlon em protesto contra o tratamento dado pela indústria cinematográfica aos nativos americanos.
Quatro anos depois, Vanessa Redgrave tirou suspiros e vaias dos fiéis do Oscar quando agradeceu a Academia por honrá-la em "Julia", apesar "das ameaças de um pequeno grupo de criminosos sionistas".
A apresentadora da cerimônia, Paddy Chayefsky, criticou Redgrave: "estou cansada das pessoas que exploram os Academy Awards como forma de alavancar sua propaganda pessoal".
"Eu gostaria de sugerir à sra. Redgrave que sua premiação não foi um momento crucial na história, não exige uma proclamação e um simples "obrigado" teria bastado".
Algumas vezes, a escolha dos prêmios pode gerar controvérsias.
A decisão de dar ao diretor Elia Kazan, em 1999, um Oscar honorário pelo conjunto da obra dividiu as celebridades, com dezenas de astros recusando se levantar ou aplaudir, em protesto à decisão do cineasta de cooperar com as autoridades durante o macartismo.
Deixando um pouco de lado a política, a noite do Oscar também foi recheada por recordações únicas.
Em 1974, um homem completamente nu invadiu o palco enquanto o ator David Niven era o anfitrião, levando-o a ironizar: "A única risada que esse cara vai arrancar em sua vida é por se despir... e exibir suas miudezas."Mais recentemente, o italiano Roberto Benigni saltou euforicamente para o banco de trás após ganhar o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro por "A Vida é Bela", em 1999 - no mesmo ano, Gwyneth Paltrow soluçou em seu discurso.
Mais tarde, em 2003, o ator Adrien Brody surpreendeu os espectadores e a estrela Halle Berry ao beijá-la apaixonadamente quando a atriz o entregou a estatueta de Melhor Ator, criando um dos momentos mais marcantes do Oscar.
É um consenso que o Oscar do ano passado foi um dos menos memoráveis. Os jovens Anne Hathaway e James Franco dividiram o palco e foram - o último em particular - criticados por uma performance engessada. Melissa Leo testou o atraso do sistema de transmissão ao vivo com a palavra "F", mas isso foi tudo.
Neste ano, o veterano anfitrião Billy Crystal, que já exerceu a função em outras oito vezes, está de volta após Eddie Murphy ter desistido no último minuto devido a uma polêmica por comentários homofóbicos de um produtor.
Crystal deve garantir que o show seja pelo menos um pouco mais empolgante neste domingo.
O momento imprevisível da noite deve vir do debochado ator britânico Sacha Baron Cohen, convidado como integrante do elenco de Martin Scorsese em "A Invenção de Hugo Cabret", que já foi advertido pela Academia.
O Hollywood Reporter citou fontes dizendo que Cohen contou à Paramount, o estúdio por trás de seu novo filme, "O Ditador", que planejava aparecer no tapete vermelho no domingo completamente transformado no protagonista.
Os organizadores do Oscar desmentiram os boatos de que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas tenha banido o ator do evento.
"A Academia iria adorar ter Sacha no show. Nós o avisamos do que achamos de usar o tapete vermelho como uma plataforma de publicidade de filmes e estamos esperando uma resposta sua", afirmou uma porta-voz à AFP.
HOLLYWOOD - De vencedores soluçando incontrolavelmente a discursos políticos chocantes, o Oscar viu de tudo e o Academy Awards desse domingo pode oferecer novos momentos inesquecíveis.
Os organizadores da maior noite de Hollywood estão apreensivos com a possibilidade de algumas cenas fora do roteiro irritarem os espectadores ou diminuirem a audiência.
Mas a emoção pura e as surpresas, em meio ao que é conhecido como uma coreografia extravagante e muito bem amarrada, também fazem do Oscar uma noite memorável.
Com a audiência global chegando a bilhões de pessoas, torna-se tentador, quase irresistível, usar o evento como uma plataforma para discursos políticos como mostraram alguns vencedores, de Marlon Brando a Michael Moore.
Vaias invadiram o Kodak Theater em 2003, quando o cineasta Michael Moore lançou um ataque violento ao na época presidente George W. Bush por travar a guerra no Iraque.
Mas Moore estava apenas mantendo a tradição de transformar o palco da premiação em um púlpito político.
Indiscutivelmente, o exemplo mais famoso é de 1973, quando uma mulher vestida de índia e se autodenominando Sacheen Littlefeather se colocou perante o público para representar Marlon Brando pelo Oscar de Melhor Ator por "O Poderoso Chefão".
Littlefeather se recusou a receber a estatueta em nome de Marlon em protesto contra o tratamento dado pela indústria cinematográfica aos nativos americanos.
Quatro anos depois, Vanessa Redgrave tirou suspiros e vaias dos fiéis do Oscar quando agradeceu a Academia por honrá-la em "Julia", apesar "das ameaças de um pequeno grupo de criminosos sionistas".
A apresentadora da cerimônia, Paddy Chayefsky, criticou Redgrave: "estou cansada das pessoas que exploram os Academy Awards como forma de alavancar sua propaganda pessoal".
"Eu gostaria de sugerir à sra. Redgrave que sua premiação não foi um momento crucial na história, não exige uma proclamação e um simples "obrigado" teria bastado".
Algumas vezes, a escolha dos prêmios pode gerar controvérsias.
A decisão de dar ao diretor Elia Kazan, em 1999, um Oscar honorário pelo conjunto da obra dividiu as celebridades, com dezenas de astros recusando se levantar ou aplaudir, em protesto à decisão do cineasta de cooperar com as autoridades durante o macartismo.
Deixando um pouco de lado a política, a noite do Oscar também foi recheada por recordações únicas.
Em 1974, um homem completamente nu invadiu o palco enquanto o ator David Niven era o anfitrião, levando-o a ironizar: "A única risada que esse cara vai arrancar em sua vida é por se despir... e exibir suas miudezas."Mais recentemente, o italiano Roberto Benigni saltou euforicamente para o banco de trás após ganhar o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro por "A Vida é Bela", em 1999 - no mesmo ano, Gwyneth Paltrow soluçou em seu discurso.
Mais tarde, em 2003, o ator Adrien Brody surpreendeu os espectadores e a estrela Halle Berry ao beijá-la apaixonadamente quando a atriz o entregou a estatueta de Melhor Ator, criando um dos momentos mais marcantes do Oscar.
É um consenso que o Oscar do ano passado foi um dos menos memoráveis. Os jovens Anne Hathaway e James Franco dividiram o palco e foram - o último em particular - criticados por uma performance engessada. Melissa Leo testou o atraso do sistema de transmissão ao vivo com a palavra "F", mas isso foi tudo.
Neste ano, o veterano anfitrião Billy Crystal, que já exerceu a função em outras oito vezes, está de volta após Eddie Murphy ter desistido no último minuto devido a uma polêmica por comentários homofóbicos de um produtor.
Crystal deve garantir que o show seja pelo menos um pouco mais empolgante neste domingo.
O momento imprevisível da noite deve vir do debochado ator britânico Sacha Baron Cohen, convidado como integrante do elenco de Martin Scorsese em "A Invenção de Hugo Cabret", que já foi advertido pela Academia.
O Hollywood Reporter citou fontes dizendo que Cohen contou à Paramount, o estúdio por trás de seu novo filme, "O Ditador", que planejava aparecer no tapete vermelho no domingo completamente transformado no protagonista.
Os organizadores do Oscar desmentiram os boatos de que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas tenha banido o ator do evento.
"A Academia iria adorar ter Sacha no show. Nós o avisamos do que achamos de usar o tapete vermelho como uma plataforma de publicidade de filmes e estamos esperando uma resposta sua", afirmou uma porta-voz à AFP.