Com produtos para o rosto, corpo e cabelo, a Drunk Elephant chega à Sephora Brasil. (Drunk Elephant/Divulgação)
Julia Storch
Publicado em 13 de outubro de 2021 às 15h25.
Última atualização em 13 de outubro de 2021 às 15h29.
“Comecei a me dedicar à beleza em um esforço para resolver minhas próprias preocupações com a pele”, conta Tiffany Masterson, fundadora e CCO da Drunk Elephant, marca norte-americana referência em beleza limpa, que acaba de chegar ao Brasil nas prateleiras e e-commerce da Sephora Brasil.
Masterson, que lutava contra uma rosácea branda, poros dilatados, uma zona T oleosa, buscava por produtos que pudessem sanar as questões de sua pele. À época, a empresária era dona de casa, e na saga por produtos “limpos” para sua pele mista e sensível, “nada parecia resolver o problema por muito tempo”, conta.
A leitura de rótulos e a pesquisa por ingredientes a fez desconfiar de seis ingredientes. Batizado de “suspicious six”, ou seis suspeitos, (óleos essenciais, álcoois secantes, silicones, filtros solares químicos, fragrâncias/corantes, SLS), a empresária conta que sua pele foi completamente transformada depois de eliminá-los. “[Minha pele] passou de confusa e temperamental para limpa, equilibrada e saudável”.
Da necessidade das pesquisas e descobertas também surgiu a vontade de criar sua própria marca. Em 2012, foi fundada a Drunk Elephant, em referência aos mamíferos gigantes que, ao comerem a fruta marula fermentada, ficam alcoolizados. O óleo da planta está presente nos produtos da marca.
Referência no mercado internacional, a marca desembarcou oficialmente no país na última quinta-feira (7) no e-commerce da Sephora, e a partir de amanhã (14) estará nas lojas físicas da marca francesa.
“Quando desenvolvi minha filosofia de evitar os ingredientes problemáticos para a pele mais usados, eu sabia que isso poderia ser aplicado a qualquer produto”. Com isso o catálogo brasileiro conta com produtos da categoria de skincare, Protini Polypeptide Cream e C-Firma Fresh Day Serum; cuidados com o corpo, Sugared Koffie Almond Milk Body Scrub e Sili Body Lotion; e cuidados com o cabelo, Cocomino Glossing Shampoo, Cocomino Marula Cream Conditioner e Wild MarulaTangle Spray.
A chegada da marca busca atender aos desejos e preocupações de consumidores da geração Z e millennials. Tanto que a fundadora conta que muitos brasileiros pediam pela comercialização da marca no país através das redes sociais.
“Acompanhamos as tendências do mercado de beleza mundial de perto, por isso buscamos sempre atender as necessidades e vontades das consumidoras brasileiras: ter opções de marcas e produtos como se tem nos Estados Unidos ou na Europa, mas também produtos que atendem a todos os tipos de necessidades. Esse é o nosso objetivo para a rede no Brasil”, conta Andrea Orcioli, CEO da Sephora Brasil.
"Importante também frisar que com o movimento de autocuidado, que se sucedeu ao longo dos meses de pandemia, a procura foi muito grande por marcas da seção de skincare", comenta a CEO.
Entre milhares de marcas desse mercado, o segmento de beleza limpa foi criado como “um antídoto para o espaço de beleza verde confuso e não padronizado”, segundo a Euromonitor International, provedora global de pesquisas de mercado. “Com muita pesquisa envolvida, a beleza limpa assume a abordagem do minimalismo, simplicidade e segurança, independentemente da proveniência do ingrediente natural, derivado naturalmente ou sintético”, aponta um relatório do instituto.
Os consumidores também estão mais atentos aos produtos que consomem. “O ritmo do mercado e as novas gerações de clientes pedem e exigem por produtos e marcas sustentáveis, vemos que essa é uma tendência cada vez mais forte e que veio para ficar”, conta Orcioli.
Ainda que haja uma lista de ingredientes que excluam ingredientes que não sejam “limpos”, não há uma definição de “beleza limpa”. “Cada marca e varejista descreve a beleza limpa de maneira um pouco diferente. Quando lancei a Drunk Elephant, ‘Clean Compatible’ foi o termo que criei para descrever o que eu queria como consumidor e que não conseguia encontrar em nenhuma outra marca”, explica Masterson.
“Ao escolher os ingredientes, não me importava se eram naturais ou sintéticos, queria que fossem seguros, apoiados por estudos clínicos e biocompatíveis - o que significa que a pele poderia reconhecê-los, usá-los e se beneficiar deles sem a sensibilização comum e congestionamento que a maioria das pessoas experimenta com produtos para a pele”, diz.
Mais do que fazer bem para a pele, a filosofia de Masterson é que os produtos precisam ser positivos para todo o corpo. “Para mim, “limpar” significa usar apenas ingredientes que, se capazes de entrar na corrente sanguínea, são seguros e não são conhecidos ou pensados como relacionados a doenças internas ou distúrbios”, finaliza.