Disney demite diretor de "Guardiões da Galáxia" por tuítes ofensivos
Os tuítes de John Gunn, a maior parte de 2008 a 2011, se tratavam de piadas de questões tabu como estupro e pedofilia
AFP
Publicado em 20 de julho de 2018 às 19h56.
O diretor da franquia "Guardiões da Galáxia", James Gunn, foi cortado do terceiro filme por uma série de mensagens ofensivas no Twitter há alguns anos.
Os tuítes, a maior parte de 2008 a 2011, se tratavam de piadas de questões tabu como estupro e pedofilia.
A Disney , que é dona da franquia com a Marvel Studios, enviou à AFP um comunicado confirmando que estavam tomando caminhos diferentes.
"As atitudes ofensivas e declarações descobertas no feed do Twitter de James são indefensáveis e inconsistentes com os valores do estúdio, e nós cortamos nosso relacionamento comercial com ele", declarou Alan Horn, presidente do Walt Disney Studios.
Gunn tem sido um aberto crítico do presidente Donald Trump e atraiu a ira de conservadores, que foram à sua página e desenterraram os tuítes.
Jack Posobiec do Daily Caller e o comentarista de direita Mike Cernovich estão entre os que recuperaram as mensagens.
"Muitas pessoas que acompanham a minha carreira sabem onde eu comecei. Eu me via como alguém provocador, fazendo filmes e contando piadas que eram ultrajantes e tabus", escreveu Gunn no Twitter após o reapaerecimento dos tuítes ofensivos na quinta-feira.
"Assim como debati publicamente muitas vezes, me desenvolvi como pessoa, e o mesmo aconteceu com meu trabalho e meu humor".
Gunn, que deletou a sua conta, se descreveu como alguém "muito, muito diferente" da pessoa que escreveu os tuítes, e que agora se concentra mais no amor do que na raiva.
"Meus dias falando algo só porque é chocante e para chamar a atenção acabaram", acrescentou.
Gunn dirigiu os dois filmes de "Guardiões da Galáxia" e planejava comparecer esta semana na enorme convenção anual Comic-Con, em San Diego, com um projeto secreto de filme que havia mencionado no Instagram.
"Guardiões da Galáxia Vol. 3" será lançado em 2020.