Carros: em 2010, lançou no Brasil uma nova dianteira no EcoSport (Divulgação/Ford/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2017 às 16h11.
Qualquer um que entrasse numa revenda Land Rover no início da década constataria um padrão da montadora: o nome da marca ou do modelo estampado no capô. Era assim com Defender, Freelander, Discovery ou Range Rover.
A Ford já havia vendido a Land Rover (junto com a Jaguar) para a indiana Tata em 2008.
Mesmo assim, não teve pudores: em 2010, lançou no Brasil uma nova dianteira no EcoSport. E adivinha o que tinha no capô?
A grade em trapézio está nos Aston Martin desde sempre. E não é que ela foi parar nos Ford a partir de 2012, via o Fusion?
Era um plágio sem risco de dar problema, já que a americana havia sido dona da Aston.
Nos Mercedes, os botões da regulagem dos bancos elétricos sempre ficaram nas portas, em vez de nos bancos, como é o padrão mundial.
A ideia de replicar o formato dos assentos e encostos ali é tão intuitiva e genial que a Jaguar não resistiu: fez o mesmo com seu esportivo F-Type em 2013.
A lanternas frisadas da Brasília, de 1978, são clássicas. Mas são cópia dos Mercedes do período.
Aliás, a fabricante foi copiada pela mesma VW em outro item em 2002: o farol redondo do Classe E foi parar no Polo.
Até os anos 90, a Peugeot cultivava a tradição de manter o comando da buzina na alavanca do pisca.
Em 2000, a GM resolveu embarcar nesse galicismo e lançou no Brasil o Celta com esse recurso.
Mas não durou muito: logo ela foi deslocada para o centro do volante.
Ter câmbio na coluna de direção é algo bem americano. Já era assim há 60 anos. Hoje, os Mercedes ostentam a alavanca à direita, o que faz um novato acioná-la por engano ao tentar ligar o limpador de para-brisa.
A alegação é a de liberar espaço no console central para outros comandos, como os de infotainment. Mas a preferência do mercado americano certamente também pesou na escolha.
Vinda dos BMW, a antena tubarão servia para melhorar a recepção (em especial do GPS) sem comprometer a estética.
A onda agradou: a GM usou no Vectra e a Hyundai, no Creta em suas versões mais caras.
Até hoje a Porsche mantém a ignição à esquerda do volante, tradição dos carros que corriam em Le Mans para agilizar a ignição e a partida nas largadas.
Mais de 50 anos depois, a ideia foi repetida pela Mitsubishi (L200 2017) e Citroën (C4 Lounge 2013) – obviamente sem as mesmas aspirações competitivas.
Quando se fala em CVT, logo se pensa num carro japonês. Por isso é de estranhar essa transmissão no Fluence.
Mas há explicação: como a Renault é associada à Nissan, o sedã utiliza a mecânica do primo Sentra.
O freio de estacionamento acionado por pedal é comum nos modelos americanos, inclusive sedãs. Será que foi pensando neles que a japonesa Toyota passou a equipar seu híbrido Prius com o mesmo sistema?
Aqui na QUATRO RODAS, todos os que dirigiram o carro pela primeira vez demoraram alguns minutos até entender como soltar o freio – fazia parte da brincadeira não avisar nem dar nenhuma instrução ao novato.
Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Quatro Rodas.