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CrossFit ganha status de "religião" em pesquisa de Harvard

Pesquisadores notaram semelhanças no comportamento dos praticantes de CrossFit e de grupos religiosos

CrossFit: modalidade de treinamento ganha destaque em pesquisa sobre religiosidade (ThinkStock)

Camila Pati

Publicado em 28 de novembro de 2015 às 11h36.

São Paulo - O grupo dos aficionados por CrossFit, treinamento de força e condicionamento físico que caiu nas graças dos amantes de esporte pesado, está ganhando status de comunidade espiritual. Pelo menos para os pesquisadores da Harvard Divinity School que encontraram semelhanças entre as relações desenvolvidas no ambiente das academias de CrossFit e as que ocorrem em templos religiosos.

Em reportagem do jornal The New York Times, a franquia de ginástica fundada em 2000, é comparada a uma igreja, porque, como ocorre com grupos religiosos, o fortalecimento de laços de amizade, companheirismo e a noção de pertencimento a um grupo coeso de cooperação são consequências visíveis entre os adeptos.

Família, boas risadas, amor e comunidade. Estas palavras - usadas por um dos praticantes para definir CrossFit - foram selecionadas para entrar no estudo "How We Gather", (Como nos reunimos, em tradução livre do inglês), da Harvard Divinity School. O objetivo da pesquisa é definir religiosidade nos Estados Unidos, ampliando o foco para além de igrejas e templos como lugares de surgimento destas comunidades de status espiritual.

As mesmas qualificações usadas pelo praticante de CrossFit podiam estar no discurso de um religioso, ou de um participante de uma torcida, ou de grupos de fãs de Star Wars, por exemplo. Definir o que é religiosidade é surpreendentemente difícil porque não há máximas que se apliquem a todas as religiões , diz o texto do NYT.

São Paulo – Um estudo do Pew Research Center, uma organização que conduz pesquisas independentes sobre diferentes temas e em escala global, procurou traçar um panorama sobre as religiões no mundo nos próximos cem anos. Para tanto, “ The Future of World Religions: Population Growth Projections ” contou com a ajuda de especialistas para investigar projeções demográficas de grupos religiosos (como budistas , cristãos , hindus , judeus , muçulmanos , além de religiões associadas a costumes tribais e também os chamados de “não filiados”, que incluem ateus e agnósticos) a partir de suas distribuições geográficas, taxas de fertilidade e mortalidade e padrões migratórios. Mas o Pew Research Center alerta: todas estimativas são baseadas em tendências atuais e levam em conta indivíduos se designam especificamente como parte de uma ou outra religião. “Agora, o que significa ser cristão, muçulmano ou judeu irá variar de pessoa para pessoa, de país para país e de década para década”. E como estará o mundo da religião nas próximas décadas? Confira nas imagens.
  • 2. Em 2050

    2 /16(Thinkstock)

  • Veja também

    A quantidade de muçulmanos no mundo irá quase que se equiparar ao número de cristãos (2,8 bilhões contra 2,9 bilhões) e 10% de toda a população europeia seguirá está religião.
  • 3. Em 2050

    3 /16(Christopher Furlong / Getty Images)

  • Juntos, muçulmanos e cristãos vão corresponder a 69% da população mundial.
  • 4. Em 2050

    4 /16(Charles Lomodong/AFP)

    Quatro em cada 10 cristãos do mundo vão viver na África subsaariana.
  • 5. Em 2050

    5 /16(Thinkstock/Klaus Hollitzer)

    Já entre os hindus, o número de seguidores deve crescer 34% até 2050, atingindo a marca de 1,4 bilhão de pessoas.
  • 6. Em 2050

    6 /16(Timothy A. Clary/AFP)

    A quantidade de judeus deve crescer apenas 16% nas próximas décadas. A expectativa é que o número de seguidores desta religião seja de pouco mais de 16 milhões.
  • 7. Em 2050

    7 /16(Thinkstock)

    O número de pessoas sem filiação religiosa deve cair. Segundo a análise, 16% das pessoas do planeta hoje se descrevem como ateias, agnósticas ou dizem não se identificar com nenhuma religião. Em 35 anos, este grupo corresponderá a 13% da população mundial.
  • 8. Em 2050

    8 /16(Vidar Flak/Flickr/Creative Commons)

    Esta população de não filiados estará majoritariamente concentrada em países com baixas taxas de fertilidade, como na Europa ocidental, América do Norte, China e Japão.
  • 9. Em 2050

    9 /16(City Climate Leadership)

    Nos EUA, por exemplo, este grupo crescerá dos atuais 16% para 26% em 2050. Já na Europa, estas pessoas vão corresponder a 23% da população de todo o continente.
  • 10. Em 2050

    10 /16(David McNew/Getty Images)

    É o cristianismo a religião que será a mais impactada pela perda de fieis. De acordo com a entidade, 40 milhões de pessoas se tornarão cristãs, mas 106 milhões de pessoas deixarão de seguir esta fé.
  • 11. Em 2050

    11 /16(REUTERS/Paul Yeung)

    O grupo de não filiados ganhará 96 milhões de pessoas, enquanto que 36 milhões de indivíduos passarão a se designar como fiel de alguma religião;
  • 12. Em 2050

    12 /16(Reuters/Reuters)

    Cinco países (França, Macedônia, Nova Zelândia, Bósnia-Herzegovina e Holanda) deixarão de ter os cristãos como maioria. Em 2050, a maioria das pessoas na França não terão uma religião específica e o mesmo acontecerá na Nova Zelândia e na Holanda. Já na Bósnia-Herzegovina e na Macedônia, a maior parte das pessoas será muçulmana.
  • 13. Em 2050

    13 /16(thinkstock)

    O país com o maior número de cristãos será os Estados Unidos, seguido do Brasil e da Nigéria.
  • 14. Em 2070

    14 /16(Thinkstock)

    Islamismo e cristianismo vão empatar: 32% da população do mundo será muçulmana e 32% será cristã.
  • 15. Em 2100

    15 /16(Thinkstock)

    Os muçulmanos desbancarão os cristãos e se tornarão a maior religião do planeta. O islamismo estará presente na vida de 35% das pessoas.
  • 16. Agora conheça o outro lado de Osama Bin Laden

    16 /16(Getty Images)

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