Cronologia de um fim de semana trágico na Fórmula 1
As câmeras de televisão não registravam acidentes fatais desde 1982, com as mortes de Gilles Villeneuve no GP da Bélgica e Riccardo Paletti no Canadá
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2014 às 19h49.
O fim de semana do dia 1º de maio, no circuito de Imola, foi o mais trágico da história da Fórmula 1 , com as mortes de dois pilotos, o estreante austríaco Roland Ratzenberger e o brasileiro Ayrton Senna , tricampeão mundial.
Esta foi a primeira vez desde 1986 que pilotos de F1 perderam a vida exercendo sua profissão, quando o italiano Elio de Angelis morreu em testes privados no circuito Paul Ricard, na França.
As câmeras de televisão não registravam acidentes fatais desde 1982, com as mortes de Gilles Villeneuve no GP da Bélgica e Riccardo Paletti no Canadá.
29 de abril: Barrichello leva um susto
Tudo começa na sexta-feira, com o acidente impressionante sofrido pelo também brasileiro Rubens Barrichello, então com 21 anos, que competia pela equipe Jordan.
Seu carro bate forte em alta velocidade (230 km/h) na altura de uma chicane. Quando Rubinho recupera a consciência, no Centro Médico do circuito, Ayrton está ao lado dele. Aliviado com o estado de saúde do compatriota, ele volta ao paddock e retoma os treinos livres.
O tricampeão acabou atrasando sua entrevista coletiva para verificar os acertos do carro com seu engenheiro, David Brown. No final do dia, ele volta ao hotel e liga para sua namorada, Adriane Galisteu, e chora ao relatar o acidente sofrido por Barrichello.
30 de abril: morte de Ratzenberger
Senna é o mais rápido dos treinos livres da manhã e tem uma conversa animada com o companheiro de equipe, o britânico Damon Hill. Ele mostrou-se satisfeito com os progressos da Williams FW16.
Depois de 18 minutos de treino classificatório, a Simtek-Ford de Ratzenberger, de 33 anos, - que havia disputado apenas uma corrida na F1 (terminou em 11º no GP do Pacífico) - perde a asa dianteira, roda a mais de 300 300 km/h na curva Villeneuve e bate num muro de concreto. O carro para no meio da pista com o corpo inerte do piloto.
Senna logo segue para o local, num carro da direção da corrida, e observa o carro enquanto o austríaco é transportado na ambulância. Em seguida, o brasileiro visita o Centro Médico. O médico Sid Watkins anuncia a morte de Ratzenberger e o aconselha de encerrar sua carreira na F1. Senna volta ao seu motor-home e chora copiosamente.
Domingo 1º de maio: o drama ao vivo
Senna é o mais rápido do warm-up da manhã. Ele conversa por longos minutos sobre segurança com o ex-rival Alain Prost. Também comenta com comissários da corrida e com outros pilotos sua ideia de assumir o sindicato da modalidade no próximo GP, em Mônaco.
O brasileiro larga na pole, mas uma colisão entre os carros de Pedro Lamy e JJ Lehto causa a entrada do carro de segurança a entrar na pista por cinco voltas.
A relargada acontece na sexta volta, mas na sétima, a Williams de Senna muda de trajetória e bate no muro de concreto a 310 km/h na curva Tamburello. O capacete amarelo se movimenta por uma fração de segundo, antes de permanecer inclinado na direita até a chegada dos comissários, que o tiram do cockpit.
A violência do choque, apesar da freagem de Senna, deixa poucas esperanças aos milhões de telespectadores que acompanham o drama ao vivo. Soube-se mais tarde que dois pedaços de peças mecânicas entraram no capacete causando lesões fatais.
O doutor Sid Watkins, amigo pessoal do brasileiro tenta praticar uma traqueostomia antes de o piloto ser levado de helicóptero para o hospital Maggiore, onde seu coração para de bater. Seu irmão Leonardo chama um padre para os últimos sacramentos e a morte é anunciada oficialmente às 18h40.
Quando bateu no muro de Tamburello, às 14h17, Senna tinha uma bandeira no fundo do cockpit, para homenagear Ratzenberger depois da corrida.
O fim de semana do dia 1º de maio, no circuito de Imola, foi o mais trágico da história da Fórmula 1 , com as mortes de dois pilotos, o estreante austríaco Roland Ratzenberger e o brasileiro Ayrton Senna , tricampeão mundial.
Esta foi a primeira vez desde 1986 que pilotos de F1 perderam a vida exercendo sua profissão, quando o italiano Elio de Angelis morreu em testes privados no circuito Paul Ricard, na França.
As câmeras de televisão não registravam acidentes fatais desde 1982, com as mortes de Gilles Villeneuve no GP da Bélgica e Riccardo Paletti no Canadá.
29 de abril: Barrichello leva um susto
Tudo começa na sexta-feira, com o acidente impressionante sofrido pelo também brasileiro Rubens Barrichello, então com 21 anos, que competia pela equipe Jordan.
Seu carro bate forte em alta velocidade (230 km/h) na altura de uma chicane. Quando Rubinho recupera a consciência, no Centro Médico do circuito, Ayrton está ao lado dele. Aliviado com o estado de saúde do compatriota, ele volta ao paddock e retoma os treinos livres.
O tricampeão acabou atrasando sua entrevista coletiva para verificar os acertos do carro com seu engenheiro, David Brown. No final do dia, ele volta ao hotel e liga para sua namorada, Adriane Galisteu, e chora ao relatar o acidente sofrido por Barrichello.
30 de abril: morte de Ratzenberger
Senna é o mais rápido dos treinos livres da manhã e tem uma conversa animada com o companheiro de equipe, o britânico Damon Hill. Ele mostrou-se satisfeito com os progressos da Williams FW16.
Depois de 18 minutos de treino classificatório, a Simtek-Ford de Ratzenberger, de 33 anos, - que havia disputado apenas uma corrida na F1 (terminou em 11º no GP do Pacífico) - perde a asa dianteira, roda a mais de 300 300 km/h na curva Villeneuve e bate num muro de concreto. O carro para no meio da pista com o corpo inerte do piloto.
Senna logo segue para o local, num carro da direção da corrida, e observa o carro enquanto o austríaco é transportado na ambulância. Em seguida, o brasileiro visita o Centro Médico. O médico Sid Watkins anuncia a morte de Ratzenberger e o aconselha de encerrar sua carreira na F1. Senna volta ao seu motor-home e chora copiosamente.
Domingo 1º de maio: o drama ao vivo
Senna é o mais rápido do warm-up da manhã. Ele conversa por longos minutos sobre segurança com o ex-rival Alain Prost. Também comenta com comissários da corrida e com outros pilotos sua ideia de assumir o sindicato da modalidade no próximo GP, em Mônaco.
O brasileiro larga na pole, mas uma colisão entre os carros de Pedro Lamy e JJ Lehto causa a entrada do carro de segurança a entrar na pista por cinco voltas.
A relargada acontece na sexta volta, mas na sétima, a Williams de Senna muda de trajetória e bate no muro de concreto a 310 km/h na curva Tamburello. O capacete amarelo se movimenta por uma fração de segundo, antes de permanecer inclinado na direita até a chegada dos comissários, que o tiram do cockpit.
A violência do choque, apesar da freagem de Senna, deixa poucas esperanças aos milhões de telespectadores que acompanham o drama ao vivo. Soube-se mais tarde que dois pedaços de peças mecânicas entraram no capacete causando lesões fatais.
O doutor Sid Watkins, amigo pessoal do brasileiro tenta praticar uma traqueostomia antes de o piloto ser levado de helicóptero para o hospital Maggiore, onde seu coração para de bater. Seu irmão Leonardo chama um padre para os últimos sacramentos e a morte é anunciada oficialmente às 18h40.
Quando bateu no muro de Tamburello, às 14h17, Senna tinha uma bandeira no fundo do cockpit, para homenagear Ratzenberger depois da corrida.