A Federação Paulista de Futebol informou que serão realizados testes de PCR-RT em ambas as delegações, “estando concentradas ou não" (Rahel Patrasso/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 4 de agosto de 2020 às 14h38.
Última atualização em 4 de agosto de 2020 às 16h41.
A Federação Paulista de Futebol (FPF) informou que, “em comum acordo” entre Palmeiras e Corinthians, serão realizados testes de PCR-RT em ambas as delegações, “estando concentradas ou não”, antes da segunda partida da final do Campeonato Paulista, no sábado, 8, às 16h30 (de Brasília), no Allianz Parque. O comunicado assinado pelo presidente da Comissão Médica da entidade, Moisés Cohen, foi emitido horas após a reunião em que os presidentes de Timão e Verdão divergiram sobre a obrigatoriedade ou não dos exames para detecção do novo coronavírus (covid-19).
Em publicação após a reunião, o Corinthians garantiu que segue o protocolo elaborado pela Federação, “aprovado e exigido pelo governo do estado de São Paulo” e que “mantém sua delegação em confinamento há 14 dias”, tendo feito duas baterias de exames nesse período. Por isso, entende que não há necessidade de realizar novos testes. O Timão diz, ainda, que o Palmeiras “descumpriu” o acordo que norteia o futebol em meio à pandemia ao liberar os atletas após as partidas, “o que nunca foi permitido”, segundo o clube.
A nota da FPF diz que, conforme o protocolo, como o Corinthians manteve o grupo isolado após a vitória por 1 a 0 sobre o Mirassol, no domingo, 2, não haveria obrigatoriedade de exames para o primeiro jogo da final, na quarta-feira, 5, às 21h30 (de Brasília), na Arena do Timão. Segundo o comunicado, o Alvinegro foi a campo “com toda sua delegação testada.”
Já sobre o Palmeiras, a Federação afirma que, como optou por “não manter os atletas confinados e concentrados” depois de superar a Ponte Preta, também no último domingo por 1 a 0, o Alviverde terá de submeter elenco e comissão técnica a testes antes do jogo de quarta. O Verdão ainda não se pronunciou sobre os posicionamentos da entidade e do Corinthians.
O protocolo elaborado pela FPF diz que “os 16 clubes fiquem concentrados em locais previamente definidos e preparados durante todo período de jogos da competição. Isso permite maior controle das variáveis por serem grupos fechados e previamente testados, sob maior supervisão”. No item 6.4 (fase 4, pós-jogo), sobre o procedimento para saída dos times do estádio, fala-se no “retorno das equipes aos seus centros de treinamentos ou hotel de concentração.”
No sábado, 1, o Red Bull Bragantino revelou que os testes de 23 pessoas, entre nove atletas, além de membros de comissão técnica e funcionários, feitos dois dias antes do jogo contra o Corinthians, pelas quartas de final, deram erroneamente positivo para covid-19. Eles foram realizados no Hospital Albert Einstein, parceiro da FPF para os exames no Estadual. O clube de Bragança Paulista (SP) disse, em comunicado, que a contraprova feita em dois laboratórios indicou resultados todos negativos. O Einstein refez os testes na quinta-feira, 30, dia do jogo, e desta vez 100% deles deram negativo.
Em nota, o hospital afirmou ter identificado “um lote específico de reagentes importados [primers] com instabilidade de funcionamento, que foram provavelmente os responsáveis pelos resultados divergentes.” Disse ainda que “a fabricante, uma empresa internacional, foi imediatamente notificada sobre a ocorrência e os lotes com desempenho atípico foram retirados da rotina de exames do laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein.”