Casual

Consternação entre jogadores da Chapecoense que ficaram no Brasil

As imagens dos vestiários dos jogadores que não embarcaram para viagem são devastadoras e mostram a tristeza dos atletas pela morte dos amigos

Chapecoense: segundo o clube, ficaram em Chapecó Neném, Demerson, Marcelo Boeck, Andrei, Hyoran, Martinuccio, Nivaldo e Rafael Lima (Paulo Whitaker/Reuters)

Chapecoense: segundo o clube, ficaram em Chapecó Neném, Demerson, Marcelo Boeck, Andrei, Hyoran, Martinuccio, Nivaldo e Rafael Lima (Paulo Whitaker/Reuters)

E

EFE

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 15h34.

Rio de Janeiro - Os oitos jogadores da Chapecoense que ficaram no Brasil e escaparam do acidente aéreo que matou grande parte dos demais atletas, da comissão técnica e dos dirigentes do clube estão consternados com a tragédia envolvendo os companheiros.

As imagens dos vestiários da Arena Condá dos jogadores que não embarcaram para viagem a Medellín são devastadoras e mostram a tristeza dos atletas pela morte dos amigos.

Segundo o clube, ficaram em Chapecó Neném, Demerson, Marcelo Boeck, Andrei, Hyoran, Martinuccio, Nivaldo e Rafael Lima.

Nivaldo é um dos jogadores mais emblemáticos por estar no clube desde 2006, quando a Chapecoense ainda disputava a Série D, e tem sido protagonista da ascensão do time até a elite do futebol brasileiro.

"Não quero acreditar no que ocorreu, mas temos que ser fortes", afirmou o veterano goleiro, que disse ter sido acordado de madrugada pelas ligações de amigos e parentes para perguntar se ele estava no voo trágico.

Os jogadores sobreviventes, explicou Nivaldo, começaram a trocar mensagens por Whatsapp para tentar obter mais informações, mas tinham que se limitar a acompanhar as notícias.

Eles também tentaram ligar para os companheiros e dirigentes que tinham embarcado rumo a Medellín com a esperança que algum deles atendesse ao telefone.

Por fim, todos foram à Arena Condá, o estádio da Chapecoense, onde vários acabaram se reunindo à espera de novas informações.

A perplexidade era o posto da euforia vivida no vestiário do clube nas últimas semanas, quando o time fez história ao avançar às semifinais da Sul-Americana e depois ao chegar à inédita final.

Para Nivaldo, a partida contra o Atlético Nacional era considerada por todos como a maior não só de suas vidas, mas também dos 43 anos do clube catarinense.

"Estou consternado com a queda do avião e a morte dos meus companheiros", disse o zagueiro Demerson em mensagem nas redes sociais, na qual desejou "muita força e paz" aos familiares das vítimas "neste momento tão difícil".

Outro sobrevivente foi Alejandro Martinuccio, que não pôde viajar com a equipe por lesão.

"É muito difícil. Hoje acordei com essa notícia. As coisas ocorrem e eu não sei por que ocorrem. Estou triste. Estava me recuperando de uma lesão e por isso não viajei", disse o argentino em entrevista à "Rádio La Red".

Também se reuniram na sede do clube, desde o início da manhã, familiares e amigos dos jogadores, além dos dirigentes que não viajaram para Medellín à espera de informações, com a esperança de que as notícias fossem boas e não confirmassem a tragédia.

A equipe brasileira viajava à Colômbia para disputar a partida de ida da decisão da Sul-Americana contra o Atlético Nacional.

O acidente aéreo provocou a morte de pelo menos 75 dos 81 passageiros que estavam a bordo do avião, segundo as últimas informações fornecidas pelas autoridades colombianas.

O avião tinha sido fretado pela Chapecoense junto à empresa boliviana Lamia.

Acompanhe tudo sobre:AtletasBrasilChapecoense

Mais de Casual

O barco de luxo que virou sensação em um evento de aviões

'Homem Prada' combina elegância minimalista e espontaneidade

Brasil lidera mercado de jatos executivos na América Latina que deve movimentar US$ 1,31 bi até 2029

Entre lágrimas e abraços com rivais, documentário de Roger Federer é emoção pura

Mais na Exame