Rio de Janeiro: meta é transformar o evento nos Jogos "mais acessíveis" em anos (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2014 às 09h24.
Genebra - Mais da metade dos ingressos para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, custarão menos de US$ 30 (R$ 68) e os organizadores planejam colocar os primeiros lotes à venda no início de 2015. Haverá sete milhões de entradas para o público, das quais 3,8 milhões serão vendidas por valores inferiores a US$ 30.
A meta é transformar o evento nos Jogos "mais acessíveis" em anos.
Além dos preços populares, o COI (Comitê Olímpico Internacional) garante que vai respeitar a lei brasileira que exige a cobrança de meia-entrada para certos grupos.
Em setembro, a entidade e o Comitê Rio/2016 vão revelar todos os detalhes dos preços de cada modalidade, da abertura, do encerramento, do torneio de futebol e de dias como o da final dos 100 metros no atletismo, um dos pontos mais esperados do evento.
"Nosso compromisso é ter um evento com ingressos acessíveis, justo e seguro", declarou Donovan Ferreti, diretor de ingressos dos Jogos de 2016.
"Alguns dos ingressos que serão colocados à venda custarão menos que uma entrada para o cinema".
Serão concedidos descontos para uma parcela da população que esteja inscrita em algum dos programas sociais do governo - como o Bolsa Família, por exemplo.
O Comitê Rio/2016 também vai seguir o exemplo da Copa do Mundo e realizar uma parte substancial das vendas pela internet. O número de ingressos, porém, será duas vezes superior ao que existia para o Mundial.
Na Copa foram vendidos 3,1 milhões de entradas. Mas 11 milhões de pessoas fizeram seus pedidos. Segundo Ferreti, também haverá sorteio para os Jogos Olímpicos. Para a Parolimpíada, serão mais 1,8 milhão de entradas.
Perto dos dias de competições pontos de vendas serão instalados para oferecer ingressos durante o próprio evento.
Lugares Vazios
A dificuldade para o COB (Comitê Olímpico do Brasil) e o COI, porém, será preencher as vagas e arquibancadas para esportes sem grande repercussão no Brasil. E o problema não seria inédito. Em Atenas/2004, na Grécia, os organizadores foram convocados pelo COI para tentar lidar com as imagens de arquibancadas vazias durante algumas competições.
Para 2016, o número de ingressos à venda será quase 2 milhões inferior ao de Londres, em 2012. Naquele ano, 8,8 milhões de entradas foram oferecidas ao público e os preços variavam entre R$ 76 (20 libras esterlinas) e R$ 7,6 mil (2 mil libras esterlinas). A final dos 100 metros do atletismo, vencida pelo jamaicano Usain Bolt, chegou a custar R$ 2,7 mil.
Em Londres, o governo inglês foi obrigado a enviar soldados que estavam de folga para completar os lugares em eventos durante os Jogos Olímpicos e 125 mil entradas foram distribuídos em escolas.